A Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite ocorrerá neste ano de 6 a 31 de agosto. A Secretaria Municipal da Saúde recomenda que todas as pessoas que ainda não se vacinaram contra o sarampo atualizem sua carteira de vacinação para prevenir a doença. Essa orientação serve para crianças, adolescentes e adultos, evitando a circulação do vírus no País.
Na rotina de vacinação, as doses contra o sarampo estão disponíveis para pessoas na faixa etária entre 1 até 49 anos. Sendo que pessoas até 29 anos devem ter registro de duas doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola. Já as pessoas de 30 a 49 anos devem ter registro de uma dose de vacina com componente sarampo e rubéola (dupla viral ou tríplice viral).
Campanha
A enfermeira da Central de Vacinas de Palmas (Cemuv), Juliana Araújo, explica que as pessoas devem estar com a caderneta de vacinação completa, de acordo com o recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações. “Este ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite ocorrerá de 6 a 31 de agosto em todo o País. Durante esse período, os postos de vacinação da rede pública de Palmas oferecerão as doses gratuitamente para crianças a partir de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias”, lembra.
O objetivo da campanha contra o sarampo e a poliomielite é captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, minimizando o risco de adoecimento dessas crianças e, consequentemente, reduzindo ou eliminando os bolsões de não vacinados. O ‘Dia D’ de vacinação será realizado em 18 de agosto.
Orientações
As Américas tinham recebido uma declaração do Comitê Internacional de Especialistas como livre da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, em 2015, e do sarampo, em 2016. Porém, nos últimos anos, a cobertura vacinal vem diminuindo, voltando, assim, a apresentar novos casos nos últimos meses. Em 2017, a cobertura alcançou somente 83% do público-alvo (primeira dose) e 71% (segunda dose), sendo que a meta era de 95%.
A vacina
Dos três vírus combatidos pela vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), o sarampo é considerado o mais perigoso. Segundo a recomendação oficial, por ser de alto contágio, é preciso que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas no Brasil para que o sarampo não se espalhe. Caso contrário, basta ter uma única pessoa não vacinada em uma cidade para que o vírus trazido por um infectado consiga chegar a ela.
Crianças
A primeira dose da vacina tríplice viral deve ser administrada aos 12 meses de idade. Aos 15 meses, uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que corresponde à segunda dose da vacina tríplice e uma dose da varicela.
Atraso em adultos
Reforçando que a partir de 5 até os 29 anos de idade, todos devem ter registro de duas doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice viral ou Tetraviral). Pessoas de 30 a 49 anos de idade devem ter registro de uma dose de vacina com componente sarampo e rubéola (dupla viral ou tríplice viral). “Sempre será avaliado o histórico vacinal do indivíduo”, pondera Juliana Araújo.
Não podem receber a vacina
Casos suspeitos de sarampo, gestantes, crianças menores de 6 meses de idade e imunocomprometidos não devem receber a vacina. A gestante deve esperar para ser vacinada após o parto. Quem está planejando engravidar deve, primeiramente, colocar a vacinação em dia e aguardar pelo menos um mês após a última dose.
Segunda dose
Entre uma dose e outra, é preciso fazer um intervalo de pelo menos um mês em qualquer faixa etária. Ao administrar a vacina tríplice viral, é preciso ter precaução para pessoas com alergia a ovo e proteína do leite, componentes do imunizante. Nestes casos, o médico deve ser consultado.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa. A transmissão ocorre diretamente, de pessoa à pessoa, geralmente por tosse, espirro, fala ou respiração, por isso, a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
Sintomas
Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca. A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências. (Com informações da Secom Palmas)