Depois do Movimento Negro Unificado (MNU Tocantins), agora foi o Coletivo Feminista de Mulheres Negras do Tocantins (Ajunta Preta) que também emitiu nota na tarde desta quarta-feira, 24, sobre a decisão da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), de nomear uma loira, a educadora Cleizenir Divina dos Santos, para comandar a nova Secretaria Municipal de Políticas Sociais e Igualdade Racial. Para o grupo, que manifestou em nota sua “preocupação e repúdio” pela nomeação, o ato da prefeita “ignora a importância de designar pessoas negras para a condução de estruturas públicas que têm como missão promover a igualdade racial”. “Considerando que representatividade é fundamental para abordar as desigualdades históricas e estruturais enfrentadas pela comunidade negra em nossa cidade”, defende a entidade na nota.
É CRUCIAL
O coletivo afirma entender que “a escolha de uma liderança que compartilhe a vivência e compreenda as particularidades da população negra é crucial para garantir que as políticas adotadas sejam sensíveis às demandas específicas da nossa comunidade”.
RECONSIDERE A NOMEAÇÃO
Diante disso, o Ajunta Preta diz esperar que a prefeita “reconsidere essa nomeação, buscando uma abordagem mais inclusiva e representativa, alinhada com os princípios da promoção da igualdade racial”. “Nos colocamos à disposição para a indicação de nomes de mulheres negras com trajetória política e competência para liderar a pasta”, afirma.
Confira a íntegra da nota:
O Coletivo Feminista de Mulheres Negras do Tocantins- Ajunta Preta, organização que atua desde 2018 como frente de combate ao racismo e ao sexismo no Tocantins, vem a público manifestar preocupação e repúdio diante da nomeação de uma mulher branca para o cargo de Secretária Municipal de Políticas Sociais e Igualdade Racial de Palmas.
O ato, publicado no Diário Oficial do Município da última segunda-feira, 22, ignora a importância de designar pessoas negras para a condução de estruturas públicas que têm como missão promover a igualdade racial, considerando que representatividade é fundamental para abordar as desigualdades históricas e estruturais enfrentadas pela comunidade negra em nossa cidade.
É imperativo que as vozes das mulheres negras sejam ouvidas e respeitadas, especialmente quando se trata de decisões que impactam diretamente nossas vidas e realidades. Acreditamos que a escolha de uma liderança que compartilhe a vivência e compreenda as particularidades da população negra é crucial para garantir que as políticas adotadas sejam sensíveis às demandas específicas da nossa comunidade.
Diante disso, esperamos que a prefeita de Palmas reconsidere essa nomeação, buscando uma abordagem mais inclusiva e representativa, alinhada com os princípios da promoção da igualdade racial. Nos colocamos à disposição para a indicação de nomes de mulheres negras com trajetória política e competência para liderar a pasta. Permanecemos vigilantes na luta!