As lavouras de Dueré, Lagoa da Confusão, Pium e Formoso do Araguaia foram atingidas por fortes chuvas nos últimos dias e ficaram embaixo de água. Por isso, o governo do Estado vai decretar situação de emergência nessa região ainda nesta semana. A informação é do subsecretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Ronison Parente.
“Esse estado de emergência é baseado em relatórios feitos pela Secretaria de Infraestrutura, pela Defesa Civil e pela própria Secretaria de Agricultura. São elementos desses relatórios que vão subsidiar a decisão do decreto de emergência naquela região”.
De acordo com a Seagro, além das lavouras, o alagamento destruiu parcialmente aterros, pontes e bueiros. Em algumas situações, até impediu o acesso de produtores a sua área de plantio. “Continua chovendo e isso nos preocupa muito”, disse Parente, ao informar que o município mais atingido foi Pium.
Lavouras comprometidas
Ao CT, o superintendente executivo da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem afirmou que as lavouras “estão bastante comprometidas”. “Boa parte do plantio está submerso, as estradas de acesso ao produtor necessitam de obras urgentes de reparo para viabilização do que poderá ser colhido”, disse.
O representante da Aproest participou de uma reunião na tarde nesta segunda-feira, 26, com membros do governo. Segundo Milhomem, o Executivo deve enviar para publicação ainda hoje o Decreto de Estado de Emergência de toda a região atingida pelos alagamentos.
Nesta terça-feira, a entidade vai se reunir novamente com a Secretaria de Estado da Infraestrutura na Lagoa da Confusão, para estabelecer com os produtores e as prefeituras da região a estrutura de atendimento às obras de recuperação das estradas.
Apoio
Desde o início de fevereiro, a Seagro vem realizando ações a fim de verificar a extensão do problema e fazer um levantamento das lavouras atingidas. Sobre os danos causados nas estradas que estão prejudicando o escoamento da produção, o subsecretário informou que num primeiro momento foram enviadas máquinas e profissionais da Infraestrutura para permitir o acesso às áreas atingidas. “Estamos muito presente nessa situação toda”, garantiu o gestor.
O decreto de emergência, segundo o subsecretário, vai poder ser utilizado como instrumento jurídico para o produtor rural que tiver financiamento bancário, além de permitir que a União disponibilize recursos. “A partir do momento que o Estado fizer isso e encaminhar essa documentação para a Defesa Civil Nacional e o Ministério da Integração Nacional, a gente pode ter o auxílio do governo federal para ajudar aquela região”.
Prevenção
A experiência negativa, conforme Parente, vai fazer com que órgãos do governo e produtores rurais se unam para repensar mecanismos de planejamento para os próximos anos. “Esses alagamentos de 2018 deixa a lição de que a gente precisa articular um processo para repensar a utilização daquelas várzeas, com planejamento. Não planejamento individual, mas pensando no todo. O uso racional da Bacia Hidrográfica do Rio Formosa, de modo inteligente”, concluiu o gestor.