Com a taxa de ocupação hospitalar para pacientes com Covid-19 no limite, a Prefeitura de Araguaína resolveu proibir a circulação de pessoas a partir de quinta-feira, 3, até segunda-feira, 7, como forma de conter a proliferação da doença. “Esse endurecimento nas regras está sendo estabelecido para preservar a vida da nossa população, se o número de pessoas infectadas continuar aumentando, não teremos leitos para todos e é preciso que a população entenda a gravidade dessa realidade”, expôs o prefeito Wagner Rodrigues (SD) em material divulgado à imprensa.
Proibições
Publicado no Diário Oficial de segunda-feira, 31, o Decreto 41 de 2021 proíbe a reunião de pessoas da mesma família que não moram na mesma residência ou mesmo visitas a casas e prédios onde não se resida. Também é vedada a entrada e a saída da Região Metropolitana, exceto para desempenho de atividades essenciais. A venda de bebidas alcoólicas e de “produtos não essenciais” também está entre as proibições, e as aulas presenciais ficam suspensas. Órgãos públicos, feiras, estabelecimentos em geral não poderão realizar atendimentos e os cultos estão vedados.
Atividades essenciais
O Decreto estabelece como exceções as clínicas médicas, odontológicas e veterinárias; farmácia e laboratórios; funerárias, mercados, distribuidores de gás; postos de combustíveis e borracharias; transporte e circulação de cargas; empresas de telefonia e caixas eletrônicos. Todos poderão operar exercendo todos os protocolos sanitários de prevenção. Estabelecimentos poderão funcionar por meio de entrega a domicílio, sendo que a venda de bebidas alcoólicas segue vedada. Restaurantes e lanchonetes em às margens da BR-153 também estão autorizados a funcionar.
Rede colapsada
Dados do Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde (Integra) indicam que Araguaína sofre um colapso na rede de assistência aos pacientes com Covid-19. No fim da tarde desta segunda-feira, 31, a plataforma mostra que 9 pacientes aguardam leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que todos os quatro hospitais no município operam em vermelho. Apenas o Instituto Sinai conta com duas vagas abertas, os demais – Dom Orione, o regional (HRA), e o municipal (HMC) – estão totalmente ocupados. A gravidade se repete no caso dos leitos clínicos, que já registram taxa de ocupação de 94%. A cidade soma 30.368 casos da doença, sendo 405 óbitos. Atualmente, 1.892 pessoas estão com o coronavírus ativo.