O Conselho Regional de Medicina (CRM) emitiu nota nesta segunda-feira, 15, para manifestar preocupação com “a crescente piora nas condições de trabalho e atendimento” nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adultas e pediátricas do Hospital Geral de Palmas (HGP). A entidade ainda lamenta a “inércia dos gestores públicos”. “Estaremos presentes, como sempre, empenhados na obtenção de condições adequadas de trabalho para o médico, o que reflete na qualidade e segurança do paciente, alvo maior da nossa atenção”, avisa.
POSICIONAMENTO E PLANEJAMENTO
A entidade alega que tem feito fiscalizações contundentes no HGP e que todo material produzido tem sido encaminhado à Secretaria da Saúde (Sesau), Ministério Público (MPE), entre outras autoridades. Por fim, o conselho cobra o posicionamento e planejamento das ações que se desenvolvem diante do cenário. “As quais não podem fluir à revelia do conhecimento e participação do CRM, como órgão supervisor do exercício ético da medicina e a quem cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina. […] A observância destes critérios vem seguramente evitar ações mais enérgicas por este Conselho, com base naquilo que estabelece a Lei”, acrescenta.
Leia a íntegra:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO
“O Conselho Regional de Medicina do Estado do Tocantins, em observância às leis que regem esta Autarquia Federal, às Resoluções emanadas pelo Conselho Federal de Medicina, e, em atenção aos relatos trazidos à ciência deste órgão de fiscalização profissional, pela Equipe Médica da UTI Pediátrica do Hospital Geral Público de Palmas – HGPP, vem a público, por meio do seu Presidente e do representante estadual do Conselho Federal de Medicina, esclarecer:
Com base nas manifestações do corpo clínico e das informações da direção técnica do HGPP, o CRM-TO tem implementado ações contundentes, consolidadas por frequentes fiscalizações nos setores de UTI adulto e pediátrico, sendo todo o material resultante destas ações, encaminhado oficialmente ao Secretário de Estado da Saúde, Ministério Público e demais autoridades.
Preocupa-nos sobremaneira, a inércia dos gestores públicos diante da crescente piora nas condições de trabalho e atendimento em ambos os locais, notadamente a UTI Pediátrica. Todavia, estaremos presentes, como sempre, empenhados na obtenção de condições adequadas de trabalho para o médico, o que reflete na qualidade e segurança do paciente, alvo maior da nossa atenção.
Exigimos por fim, na qualidade de Autarquia Federal, o posicionamento e planejamento das ações que se desenvolvem, as quais não podem fluir à revelia do conhecimento e participação do CRM, como órgão supervisor do exercício ético da medicina e a quem cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, pelo prestígio e bom com conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. A observância destes critérios vem seguramente evitar ações mais enérgicas por este Conselho, com base naquilo que estabelece a Lei.
Dr. Jorge Pereira Guardiola Dr. Estevam Rivello Alves
Presidente do CRM-TO Representante do CFM”