O Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) de Palmas foi tema de audiências públicas realizada na sexta-feira, 5, na 301 Norte e no sábado, 6, no Aureny III. O titular da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Agostinho Júnior, e os engenheiros Ricardo Mendanha e Liane Born, representantes do consórcio de empresas que coordena a elaboração do plano, dividiram a apresentação do relatório do diagnóstico. Os promotores Kátia Gallieta e Rodrigo Grisi Nunes representaram o Ministério Público (MPE). A dupla atua nas áreas da defesa da ordem urbanística e do consumidor, respectivamente.
MODO DE DESLOCAMENTOS
Uma consulta com os usuários do sistema do transporte coletivo identificou o modo de deslocamentos da população. Segundo o diagnóstico, cerca de 17,30% dos palmenses se deslocam por mobilidade ativa, ou seja, por meio de bicicleta ou a pé. Em outra frente, um em cada quatro deslocamentos, realizados no município, ocorrem via transporte público (25%). A maioria desses usuários ganham até dois salários mínimos. Estas e outras temáticas estão detalhadas e disponíveis no portal do PlanMob.
PONTOS DEBATIDOS
A necessidade de melhorar as condições das calçadas, criar ciclovias e facilitar as travessias, com uso de semáforos e faixas elevadas, foram elencados. Para os especialistas presentes, é necessário modernizar a frota, promover ações de valorização dos condutores e atendentes, estabelecer rotas exclusivas e realizar melhorias nos pontos de ônibus e estações. Em relação ao tráfego de veículos, a sinalização e a instalação de semáforos foram citadas como ações indispensáveis à segurança no trânsito, com a finalidade de reduzir lesões e mortes.
ESTUDO INDICA INSATISFAÇÃO COM CALÇADAS
Um dos desafios indicados pelo estudo apresentado, é com relação à estrutura e acesso das calçadas da cidade. Cerca de 80% dos entrevistados apontaram que essas questões prejudicam a fluidez e a mobilidade nessas vias. Segundo a apresentação feita durante a audiência, a bicicleta é utilizada por 6,7% da população para ir ao trabalho ou atividades escolares – número acima da média nacional, que é de 3%.
PRÓXIMA FASE
A próxima fase da elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PlanMob) será a construção de prognóstico, que visa discutir sobre quais resultados serão gerados, caso não sejam tomadas atitudes para sanar os problemas de mobilidade urbana existentes no município.
LEGISLAÇÃO
A construção do plano atende às normativas estabelecidas no Plano Diretor Municipal, além de ser uma resolução prevista também na Lei Federal 12.587 de 2012, que exige que os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem seus Plano de Mobilidade. A construção do PlanMob é uma oportunidade para a capital tocantinense propor ações e orientar os investimentos a serem implementados pelos próximos 20 anos.