Devido ao período de férias e a temporada de praias, os hemocentros vêem seus estoques e o número de doadores diminuírem nos meses de junho e julho. Além disso, a procura para doações sofreu uma grande queda, em nível mundial, desde a pandemia de Covid-19. Só no primeiro ano, foi registrado uma redução de 20% na América Latina e no Caribe, com isso, pode faltar sangue.
Antecipando a baixa nos estoques, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizará uma mobilização para captar doadores. Entre as ações previstas, estão palestras, coletas em parceria com instituições e coletas externas por todo o estado com o auxílio da Unidade Móvel. A SES conta com o apoio de igrejas, universidades e órgãos públicos.
A doação de sangue não traz nenhum malefício à saúde dos doadores, pelo contrário, ainda ajuda. Segundo o cirurgião cardiovascular, Dr. Henrique Furtado, durante a doação, o doador elimina uma quantidade significativa de ferro do organismo, o que reduz as chances dele desenvolver doenças cardíacas e hepáticas. “Vale ainda lembrar que o sangue do doador passa por uma série de exames capazes de identificar doenças de forma precoce. Muitas vezes quem vai ajudar, acaba saindo no lucro”, conta o médico.
Por outro lado, em caso de falta de sangue na Hemorrede, as pessoas que precisam de transfusão correm risco de morte, é o que explica o especialista. “Especialmente no período de férias, quando tem menos gente doando e costuma acontecer mais acidentes, o risco de faltar sangue é real e pode custar vidas. Nada pode substituir o sangue”, diz Dr. Henrique. Ele ainda lembra que os hemocentros são responsáveis por fornecer sangue tanto na rede pública de saúde quanto na particular, ou seja, todo mundo depende dos doadores.
Para reduzir a necessidade de transfusões de sangue doado e minimizando os riscos o Dr. Henrique explica que existe um dispositivo chamado “Cell Saver” que permite a recuperação e reinfusão do próprio sangue do paciente. “O equipamento é utilizado como reaproveitador de células sanguíneas e possibilita que o sangue perdido durante a cirurgia, seja reprocessado e reinjetado no paciente com segurança evitando a necessidade de transfusão sanguínea”, concluiu o médico. (Da assessoria de imprensa)