O Hospital Dom Orione, de Araguaína, enviou material à imprensa na segunda-feira, 15, para alertar sobre o impacto financeiro do novo piso da enfermagem nas santas casas de misericórdia e hospitais filantrópicos, que empregam 460 mil profissionais da área segundo a confederação destas instituições (CMB). A projeção é de R$ 6,3 bilhões em todo o País.
Viabilizar pagamento
Para o diretor presidente do Hospital Dom Orione, padre Bruno Rodrigues, os profissionais merecem o novo piso, porém, é preciso viabilizá-lo. “Somos totalmente favoráveis a uma remuneração justa à enfermagem, contudo sem a fonte de custeio necessária para garantir o aporte exigido pela lei, corre-se o risco de prestar um desserviço à população tocantinense”, destacou.
Estrutura do Dom Orione e impacto financeiro
O Hospital Dom Orione conta com 1.252 colaboradores atuando diretamente na entrega dos serviços prestados pela instituição. A maior equipe é a da enfermagem, com um total de 526 profissionais, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares. O piso salarial de enfermeiros fixado em R$ 4.750,00, o de técnicos de enfermagem em R$ 3.325,00 e o de auxiliares e parteiras em R$ 2.375,00, trará um impacto negativo de R$ 15 milhões por ano.
Cumprimento irá inviabilizar serviços
De efeito imediato, a lei obriga os hospitais filantrópicos e privados ao cumprimento do piso já em setembro, o que acarretará um desembolso imediato para o Hospital Dom Orione no valor de R$ 1.300.000,00. “Essa ação inviabilizará os serviços de saúde, caso não seja encontrada uma fonte de financiamento e custeio permanente para o aumento de despesa”, explicou o presidente.