Ausência de médicos, problemas estruturais pela falta de equipamentos e até mesmo falta de remédios. Essas são algumas das adversidades que o Hospital Regional de Dianópolis (HRD), município localizado a 342 km da Capital, apresenta, causando transtornos à população. Diante dessa realidade, a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por intermédio do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa), solicitou à Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), por meio de ofício, informações acerca dessas problemáticas e as medidas para saná-las. O documento foi enviado na quarta-feira, 15, requerendo que as informações sejam prestadas no prazo de até 15 dias.
No ofício encaminhado à Sesau, o coordenador do Nusa, defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, faz os seguintes questionamentos: quais os motivos da falta de médico no hospital; quais as providências estão sendo tomadas para não deixar os pacientes sem atendimento; quanto tempo a unidade hospitalar ficou sem médico; quais os equipamentos não estão funcionando; e qual a previsão para normalizar essa situação.
Além disso, o defensor público solicita a escala dos médicos a fim de verificar o fluxo de atendimento no hospital.
O Nusa destaca, ainda, que os moradores estão se deslocando ao município de Almas (a 44 Km de Dianópolis) para serem atendidos. Vale ressaltar que, além da comunidade dianopolina, o hospital também atende pessoas de outras cidades da região sudeste do Tocantins e ainda, a pacientes da Bahia, já que Dianópolis está perto da divisa com o referido Estado.
A população de Dianópolis, que está descontente com a situação, realizou um abaixo-assinado online que relata os problemas no Hospital Regional.
“Fiscais do Povo”
Um grupo de moradores de Dianópolis denominado “Fiscais do Povo” recorreu a uma petição pública para tentar chamar a atenção do Poder Público quanto à situação daquela unidade de saúde. As assinaturas para o abaixo-assinado começaram a ser colhidas na segunda-feira, 13, e até a manhã de terça-feira, 14, mais de 500 pessoas já endossaram o pedido.
Membro do “Fiscais do Povo”, Sólon Póvoa contou ao CT que o problema da unidade é geral, e passa por falta de médicos, medicamentos e ambulâncias, é destacado também que o aparelho de raio-x do hospital está há três anos sem funcionar. Ainda segundo o representante do grupo criador da petição, também é constatada atraso nós salários dos profissionais do HRD.
Acionada pelo CT, a Sesau admitiu a existência de problemas na unidade, porém, garante que algumas demandas já foram atendidas. A pasta reforça que tem tomado as “providências necessárias” para sanar “todas as dificuldades vividas” pelos servidores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do Hospital Regional de Dianópolis (HRD).
A secretaria admitiu problemas com a máquina de raio-x. “Encontra-se sob manutenção”, revela. Quanto aos atendimentos médicos, a Sesau argumenta que encaminha os casos mais graves, que necessitam de atendimento especializado, são encaminhados para o hospital de referência mais próximo. (Com informações da ascom da DPE-TO)