O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, divulgou na tarde desta segunda-feira, 30, uma carta aberta para comentar o processo judicial referente à eleição da entidade. Ocorrido em dezembro do ano passado, o pleito inicialmente tinha dado a vitória ao candidato da oposição, Elizeu Oliveira. Entretanto, três dias depois a comissão eleitoral julgou procedente um recurso e anulou toda a votação ocorrida em Araguaína, o que passou a garantir a permanência do atual mandatário no comando. O caso foi levado à Justiça e desde então a atual direção do Sisepe tem sofrido uma série de reveses.
Mentiroso, desleal e homem sem palavra
Na carta, Cleiton Pinheiro parte para o ataque e critica duramente o adversário das eleições, que “não aceitou o resultado”. “Nesse tempo todo, fui acusado de ‘trapaceiro’, de querer ganhar no ‘tapetão’, de ter entrado com diversas ações judiciais, fui acusado de interferência no resultado do processo eleitoral e o que mais vi foi a Chapa 2 trabalhar em cima de recortes de atas e omitir as informações. Em razão de sua postura até aqui, não tenho outras palavras para descrever meu concorrente: é um mentiroso, desleal, homem sem palavra”, disparou contra Elizeu Oliveira, na primeira manifestação pública sobre o caso. O documento é tornado público a dois dias da data de posse da nova diretoria, que está garantida à oposição por decisão judicial.
Acordo descumprido
Cleiton Pinheiro narra que assinou junto com Elizeu Oliveira um acordo para garantir uma campanha “leal” e “sem conflitos” em que também se comprometeram a não judicializar quaisquer objetos referentes ao processo eleitoral. “Foi descumprindo ponto a ponto e me mostrou que não era digno de confiança, mostrou que sua palavra não vale absolutamente nada”, emendou. O presidente voltou a acusá-lo de “mentiroso” ao destacar que não responde nada na Justiça – o que teria sido sugerido pelo adversário -, mas sim o sindicato que preside. “Esclareço a todos que a ação judicial movida pelo meu concorrente tem como requerido o Sisepe. […] É o Sisepe e sua assessoria jurídica quem estão respondendo as questões”, disse, curiosamente.
Justiça será feita
Por fim, o sindicalista lembra que partiu de Elizeu Oliveira o recurso que resultou na anulação dos votos de Araguaína e o acusa de “desconhecer totalmente os termos da legislação eleitoral”.”A verdade é que, hoje, a eleição do Sisepe só se tornou um problema jurídico porque Elizeu Oliveira e sua chapa não aceitam o resultado que eles mesmos criaram, notadamente, pedindo as impugnações das três sessões eleitorais da regional. Eu não interferi em momento algum no trabalho da comissão e isso pode ser comprovado através de todas as atas oficiais que são públicas”, defende. Cleiton Pinheiro ainda garante “não ter nada a temer” e que “confia que a Justiça será feita e a verdade prevalecerá”.