A coalizão “Vozes do Tocantins por Justiça Climática” divulgou nesta segunda-feira, 17, uma carta manifesto em que destaca os objetivos da luta conjunta prospectada pelo grupo. A articulação atua em defesa da vida no Estado e por soluções para os desafios que as mudanças climáticas exigem dos eixos: sociedade, governos e organizações sociais.
ÁREA DESMATADA MAIOR QUE PALMAS
O documento alerta para dados do MapBiomas que demonstram que, de 2018 a 2022, a área desmatada no Tocantins foi de 273.926 hectares, área bem maior que Palmas. “A pressão exercida pelo agronegócio e por grileiros sobre os territórios, sentida principalmente por comunidades e povoados ilhados por um mar de monoculturas, onde as pessoas são impactadas por diversos males: muitas vezes literalmente pulverizadas por agrotóxicos, contaminação e redução de fontes de água e de áreas de extrativismo são apenas dois exemplos de inúmeros impactos sentidos por comunidades”, elenca.
JUSTIÇA CLIMÁTICA
Em relação às propostas voltadas para o Estado, a coalizão reforça as recomendações já listadas nos Observatórios do Clima e da Sociobiodiversidade. “Em todas as áreas: da saúde à educação, de infraestrutura ao planejamento territorial, da conservação ambiental à regularização fundiária, da agropecuária aos empreendimentos para geração de emprego e renda, todas podem se desenvolver e prosperar na perspectiva do baixo carbono, da justiça climática e das salvaguardas dos modos de vida, saberes e fazeres tradicionais”, defendem.
MEMBROS
A coalizão é composta pelas organizações: Associação Kalunga do Mimoso do Tocantins (AKMT), Associação Indígena Pyka Mex (Apinajé), Associação Cultural Kyjre (Krahô), Colônia de Pescadores e Pescadoras de Araguacema, Associação Onça D´água, Escola Família Agrícola do Bico do Papagaio, Cooperativa de Assistência Técnica Rural (COOPTER), Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais sem Terra (MST), Núcleo de Estudos Rurais, Desigualdades e Sistemas Socioecológicos – (NERUDS) da Universidade Federal do Tocantins (UFT); Curso de Turismo de Arraias; Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (PROEX) e Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).