A Operação Jogo Limpo, que a Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira, 26, investiga a possibilidade de os recursos desviados terem sido destinados às eleições de 2014. Conforme a Globo News, os recursos teriam sido desviados através de empresas fantasmas e notas frias cerca de R$ 10 milhões, através de convênios da Fundação Municipal do Esporte e Lazer de Palmas (Fundesportes) e associações e Organizações Não-Governamentais.
De acordo com informações da Globo News, via associações e ONGs de Palmas, eram realizados contratos com diversas empresas fantasmas e apenas uma com sede própria, que emitia notas frias.
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Um fato que chamou a atenção é a velocidade dos pagamentos, em apenas quatro dias. O período em que vários deles ocorreram também despertou o interesse dos investigadores: outubro de 2014, mês de eleição. Assim, será investigada a relação do esquema com o processo eleitoral.
Conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), nesta primeira fase, o foco é a atuação da suposta organização criminosa na Fundesportes, onde, supostamente, associações e federações esportivas teriam sido utilizadas para desviar recursos público por meio de repasse de subvenções sociais para o esporte e lazer.
A operação policial conta com 100 policiais civis para cumprimento de 24 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão, na capital e em quatro municípios do interior.
Presos e empresas
O delegado responsável pela Operação Jogo Limpo, Guilherme Rocha, divulgou nove entidades que estão no alvo das investigações policiais. São elas: Clube Automóvel do Tocantins, Federação de Beach Soccer, Associação Recreativa Atlética Araguaia, Liga Esportiva de Palmas, Federação Tocantinense de Ginástica, Associação Budokukai de Artes Marciais, Federação de Atletismo Chegando na Frente, Federação Tocantinense de Futevôlei e Instituto Vale do Tocantins.
Também, segundo o delegado, são investigadas as empresas fantasmas: AGL Produções e Eventos, Arara Service, NSJ e Dedos Santos. Ainda é alvo a empresa Bambu Produções e Eventos, única com sede.
Conforme o delegado, a Bambu forneceu, de forma fictícia, materiais para estrutura metálica de eventos que não teriam ocorrido, muito menos a prestação de serviços. Tudo via nota fria.
Estão com mandados de prisão temporária as seguintes pessoas: Aryane Gomes Leitão; Juarez Barbosa de Sousa Júnior; Luciano Godoy de Oliveira; Marcelo Marques de Lima; Simone Mudesto da Silva Maciel Vilanova; James Paulo Maciel Vilanova; Euzebio Resplande Montelo; Cleonice Mudesto da Silva; Norma Silvia Matheus Sparvoli; Jades Alberto Avelino; Rondinely de Souza Oliveira; Rafael Fortaleza matos Aires do Nascimento; Denir Mauricio Rodrigues da Siqueira; Vagno Cerqueira; Ricardo Antonio Pereira da Costa; Núbia da Silveira Prado; Luiz Carlos Crispoim da Silva; Jucilene Teixeira Bonfim; Gracinei Mota; Charllyngton Fábio da Silva; Abgail da Silva Costa Serpa Freitas; Daniel Henrique Costa Batista; Desudete da Silva Melo; e João Paulo Rodrigues Souza.
Eles serão encaminhados ao complexo de Delegacias da Polícia Civil, na Avenida Theotônio Segurado e depois passarão pelo Instituto Médico Legal (IML).
– Matéria atualizada às 11h57