Mais de 60 lideranças dos povos Apinajè, Awá-Canoeiro, Javaé, Kanela, Karajá, Karajá-Xambioá, Krahô, Krahô Kanela, Krahô Takaywrá, Tuxá e Xerente estiveram presentes, nesta quinta-feira, 17, no encerramento do primeiro Encontro dos Povos Originários do Tocantins. O evento no Palácio Araguaia ainda serviu para o levantamento de informações que darão base para a construção do Mapeamento Situacional das comunidades indígenas.
MAPEAMENTO SITUACIONAL
O encontro foi uma oportunidade para levantamento de informações sobre a realidade de cada povo, com suas demandas gerais e específicas. Um momento para identificar as principais necessidades em cada povo e elencar as prioridades a serem observadas pelos gestores, de forma conjunta e articulada. Ao longo de dois dias, a Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot) debateu propostas com nove vereadores indígenas, dois prefeitos, representantes municipais, servidores públicos indígenas, Fundação Nacional dos Indígenas (Funai), Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), representantes de associações e movimentos sociais indígenas, representantes das mulheres indígenas, além de caciques e outras lideranças dos povos originários.
SEPOT TEM VISITADO COMUNIDADES
Além deste momento, de ouvir os povos, a Sepot afirma que tem ido até as comunidades indígenas para verificar e vivenciar a realidade, observando, principalmente, as potencialidades locais de cada território e etnia a fim de desenvolver projetos que respondam às necessidades de melhoria das populações. “Diante do que já foi visto, estamos desenvolvendo uma agenda de visitas até o final do ano, para que nosso planejamento seja feito da melhor forma possível, observando a realidade e as necessidades dos nossos povos”, ressaltou a titular da pasta, Narubia Werreria.
DEMANDAS
Durante a tarde, as lideranças apresentaram ao governador em exercício, Laurez Moreira (PDT), as principais demandas levantadas ao longo dos dois dias, 16 e 17. Foram citadas questões relativas a concurso público específico para indígenas, melhorias em infraestrutura, saneamento, estradas, habitação, segurança para as mulheres, educação ambiental e combate a incêndios, acesso à saúde, investimento em turismo, apoio ao empreendedorismo e ao artesanato.
AÇÕES EM ANDAMENTO
Pontuando as ações da Sepot, Narubia Werreria destacou que o governo tem articulado para resolver os problemas. “Está em discussão um projeto de piscicultura nas aldeias; iniciamos discussões sobre o acesso à saúde, segurança, moradia e educação; há recurso do governo federal, do programa Minha Casa Minha Vida”, lembrou. A pasta também busca a estruturação de uma rede de segurança integrada para atuação em casos de violência contra a mulheres, crianças e idosos indígenas. Além disso, está em discussão com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) ações para desenvolver o empreendedorismo junto a indígenas que trabalham com artesanato; além de uma a negociação de um espaço para construção da Casa de Cultura Indígena, com projeto arquitetônico desenvolvido pela UFT e UniCatólica.