O Palácio Araguaia encaminhou o novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Polícia Civil (PC) à Assembleia Legislativa (Aleto) nesta terça-feira, 29, conforme prometido aos líderes dos Sindicatos dos Policiais Civis (Sinpol) e dos Peritos (Sindiperito). Entretanto, as categorias alegam terem sido surpreendidas com um substitutivo em meio à tramitação do texto original nas comissões que rompe o compromisso de dar tratamento “linear e isonômico” a todas as classes da corporação. A situação foi denunciada em nota pelo Sinpol.
Deslealdade e incoerência
Em conversa com a Coluna do CT, a presidente do Sinpol, Suzi Francisca, conta que “o governo disse publicamente que daria um reajuste igual a todos os cargos”. Entretanto, a sindicalista relata que este compromisso não foi cumprido e, além disto, foi ampliado em meio ao debate do texto nas comissões. “Ontem foi confirmado que deram um reajuste maior para o Sindepol [Sindicato dos Delegados]. E na hora da votação mandaram um substituto para aumentar ainda mais essa diferença”, conta. A representante afirma que, com o novo texto, os delegados irão receber 14% de reajuste, contra 7% das demais classes. “Surpreendeu com deslealdade e incoerência a categoria”, reforçou em nota o sindicato.
Mobilização
Diante do substitutivo, o Sindpol convocou a categoria para manter-se mobilizada na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 30, para mobilizar os deputados e sensibilizar o Palácio Araguaia.
Leia a íntegra da nota do Sinpol:
“O SINPOL-TO, junto as demais entidades representantes dos Policiais Civis, repudia a manobra do governo do Estado que desrespeitou a Polícia Civil com a inclusão de emenda ao Projeto de Lei número 10, de 28 de março de 2022, estabelecendo tratamento diferenciado, ainda em maior desacordo com a reivindicação e a realidade da categoria. O disposto na medida contraria e fere a isonomia e a linearidade reivindicadas.
Na última semana, a cúpula subordinada ao governador Wanderlei Barbosa se mostrou favorável a atender os representantes dos policiais civis, mas ressalvou que poderiam dar tratamento diferente a outro cargo, sem mostrar tabelas, alegando apenas que essa diferença seria de 6%. O tratamento descrito no texto enviado à Assembleia, inicialmente, já trazia a diferenciação. Mas no início da noite desta terça-feira (29) foi apresentada emenda que ampliou ainda mais a diferença e surpreendeu com deslealdade e incoerência a categoria.
O SINPOL-TO não acolhe o disposto na matéria enviada pelo Palácio ao Parlamento, e marca posição contra o referido descaso com os Policiais Civis, prejudicados com perdas inflacionárias por longos anos. Por esse motivo, o sindicato convoca a concentração da categoria para esta quarta-feira (30), na Assembleia Legislativa, a partir das 8h. Vamos nos fazer ouvir mais uma vez !
Suzi Francisca.
Presidente SINPOL“