A Secretaria da Cultura (Secult) informou ter apoiado a presença de nove artesãos e entidades representativas do Tocantins no 16º Salão do Artesanato, que aconteceu de quarta-feira, 15, a domingo, 19, em Brasília. Conforme a pasta, as etnias Javaé, Krahô e Karajá estiveram representadas na comitiva.
PRODUTOS
Dentre as peças comercializadas pelas associações estão acessórios de uso pessoal, como bolsas de tucum, palha e talo de buriti, colares e pulseiras feitos com sementes e miçangas, objetos feitos em argila, como as bonecas Ritxòkò, e madeira, como como os bonecos Kawa Kawa, entre outros.
TRABALHO DE MIL ARTESÃOS
Participando de uma edição do Salão do Artesanato pela primeira vez, Patrícia Karajá expôs em Brasília produtos criados por seu povo. “Acho que nos produtos que trouxe para o Salão do Artesanato há o trabalho de cerca de 1000 artesãos, homens e mulheres Karajá. Gostei bastante de participar. A viagem foi longa até a feira, mas foi uma boa experiência para fazer novas vendas e mostrar o trabalho feito”, disse.
REPRESENTANTE DE ASSOCIAÇÃO COM 50 MEMBROS
De Goiatins, Gustavo Xôhtyc Krahô, de 24 anos, participa de feiras desde os 17 anos. “Represento a associação da minha comunidade, o Centro Cultural Kàjre, que tem mais ou menos 50 pessoas. Os homens fazem as bolsas de buriti e as mulheres fazem pulseiras, gargantilhas e bolsas de tucum. As pulseiras são o item que mais saem e os desenhos que vem nelas são escolhidos pelas próprias artesãs”, explicou.
OUTROS TRABALHOS
Além da presença do artesanato Javaé, Krahô e Karajá, vindo das regiões de Formoso do Araguaia, Goiatins, Itacajá e Ilha do Bananal, também participaram do 16º Salão do Artesanato artesãos de outras regiões do Estado, como Dianópolis, Novo Jardim, Ananás, Gurupi e Palmas, reunindo diversas linguagens do artesanato tocantinense, com matérias-primas que incluem o capim dourado, a madeira, o jatobá, a fibra de bananeira, entre outros.