Operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta terça-feira, 19, tem como alvo Edgar Tollini, ex-secretário estadual da Saúde, e sua esposa, Thaís de Carvalho. A corporação investiga utilização de aviões contratados pelo governo estadual para viagens pessoais e o pagamento de propina pelo aluguel da unidade onde funcionou o hospital de Covid-19, causando um prejuízo total de R$ 13,7 milhões aos cofres públicos. A decisão do juiz federal João Paulo Abe autoriza mandados de busca e apreensão, quebra do sigilo bancário, sequestro de bens móveis e imóveis até o valor do prejuízo investigado, e o recolhimento do passaporte de ambos para evitar fuga do país.
Análise minuciosa
Conforme a decisão, os agentes da Polícia Federal realizaram uma análise minuciosa da rotina dos investigados em conjunto com o roteiro das aeronaves contratadas pelo governo estadual, também levando em consideração a movimentação de voos domésticos no aeroporto de Palmas. Tais diligências teriam reunido fortes indícios de que, por diversas vezes, o casal realizou viagens à Goiânia nos finais de semana, em horários compatíveis com voos realizados por aeronaves contratadas pelo Estado do Tocantins.
Propina
A denúncia anônima que deu origem a investigação também cita ainda que dos R$ 500 mil mensais do contrato referente ao aluguel do Hospital de Campanha da Covid-19, R$ 250 mil seriam destinados aos gestores na forma de propina. O informante cita que nestas viagens de Tollini seriam transportadas malas, possivelmente, contendo dinheiro em espécie. Na apuração, a Polícia Federal considera que o casal não detinha de renda formal para fazer frente à manutenção do elevado padrão de vida que levavam.