O secretário estadual da Educação do Tocantins (Seduc), Fábio Vaz, esteve na terça-feira, 27, em Brasília, em encontro promovido pelo “Todos Pela Educação” e “Mahin Consultoria Antirracista”, que teve como tema “Equidade Étnico-Racial na Educação Básica: Desafios e Oportunidades”. O gestor tocantinense representou o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) no encontro, que seguirá até esta quarta-feira, 28, e reúne o poder público e a sociedade civil.
ATUAÇÃO FORTE DO CONSED
Fábio Vaz explicou que o Consed tem uma atuação forte na articulação com o Congresso Nacional e atuou na definição de legislações para promover a inclusão de grupos historicamente marginalizados no acesso à educação. “O Novo Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] também vai contribuir para alguns avanços, reduzir as disparidades entre os estados e os municípios brasileiros em termos de financiamento da educação básica”, pontuou.
EQUIDADE É DISCUTIDA COM TODA COMUNIDADE ESCOLAR NO TOCANTINS
O titular da Seduc frisou ainda que o Tocantins tem um olhar inclusivo. “Nós falamos da equidade não só com o currículo, com os professores, mas também com as equipes multidisciplinares e toda a comunidade escolar. No Tocantins, dentro do ambiente escolar, existe esse sentimento de que não podemos deixar ninguém para trás. Que todo mundo tem que se sentir pertencente”, concluiu.
PROGRAMAÇÃO
A programação, fechada ao público convidado, terá momentos de formação e de troca de experiências e ideias. Serão discutidos temas como o papel do Ministério da Educação e dos Estados na promoção da equidade; Educação Escolar Indígena e Quilombola, marcos legais e combate ao racismo.
DADOS SOBRE DESIGUALDADE RACIAL NA EDUCAÇÃO
Levantamento recente do Todos Pela Educação mostra que o acesso ao Ensino Médio e a conclusão dos estudantes pretos e pardos nesta etapa ainda equivale a uma década de atraso, na comparação com indicadores de estudantes brancos. O material consolida dados do IBGE, entre 2012 e 2022. A análise considera adolescentes de 15 a 17 anos que frequentam ou já concluíram esta etapa de ensino, bem como os jovens de até 19 anos que já finalizaram essa fase.