O secretário executivo da Pesca e Aquicultura do Tocantins (Sepea), Rodrigo Ayres, reuniu-se na sexta-feira, 4, com representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Colônia de Pescadores Z-10, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para tratar de temas comoo desembarque de monitoramento pesqueiro, políticas públicas, apresentação de projetos e fiscalização conjunta para frear a pesca predatória e ilegal e os atravessadores, que prejudicam a atividade da pesca como um todo.
DESAFIO COMPLEXO
Rodrigo Ayres, ressaltou a importância de estudos a serem feitos para acabar com a ilegalidade e também a relevância das políticas públicas. “Estamos diante de um desafio complexo e importante para o futuro da nossa pesca. É necessário que façamos parcerias para analisar de forma precisa o estoque pesqueiro e quantidade de pescadores que usam o lago para essa atividade, ao mesmo tempo que, precisamos combater de forma mais efetiva e eficaz, a pesca ilegal, que além de prejudicar a economia local, prejudica também o meio ambiente”, argumentou.
DADOS CONCRETOS
O procurador da República, Álvaro Manzano, destacou a relevância de se ter dados concretos para regulamentar a pesca de uma forma melhor. “Na verdade, nós precisamos de informação e a informação a gente tem com a pesquisa. Todos esses instrumentos normativos, têm que ser baseados em dados coletados. Então nós temos que buscar esses dados para poder fazer a melhor definição da regulamentação da pesca no nosso Estado.
COLOCAR A PESCA ARTESANAL EM DEBATE
Pesquisador da Embrapa, Adriano Prysthon comemorou a agenda entre instituições. “Esse encontro foi pra colocar a pesca artesanal em debate público. Isso é o mais importante. Porque é um setor invisibilizado há muitas décadas e nós enquanto Embrapa, nós conseguimos enxergar dois caminhos importantes: um é a produção de informação através do monitoramento do desembarque pesqueiro, com uma metodologia simples, a gente consegue ver quem são, quantos são e quanto pesca, pra que essas informações possam subsidiar as principais políticas públicas aqui do Estado. E outra é a consulta pública, é muito importante que nesse processo de construção das políticas públicas, que essas comunidades sejam consultadas”, avaliou.