O Fórum Tocantinense de Combate à Corrupção (Focco) se reuniu nesta quarta-feira, 22, e em manifestação pública, questionou o ato do governador Mauro Carlesse (PHS) que retirou doze delegados de suas chefias regionais. Na avaliação do grupo, a medida apontam para um cenário de “interferência política em investigações”. O Focco ainda solicita que o chefe do Poder Executivo reconsidera as dispensas.
A nota destaca a repercussão das exonerações, em especial a do delegado Bruno Boaventura à frente da regional de Araguaína, responsável pela Operação Expurgo, que investiga o depósito irregular de lixo hospitalar por empresa do pai do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), até então líder do governo. Dispensas na Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial Contra a Administração (Dracma) também foi repercutida pelo grupo.
“A referida exoneração do delegado que investigava empresa ligada a político, bem como a exoneração de três servidoras da Dracma enfraquecem sensivelmente o enfrentamento à corrupção do Tocantins num momento da vida nacional que a sociedade brasileira exige das um redobrado esforço para combate dessa praga. O que se espera do governo e de todas as instituição de controle é o reforço das estruturas e de pessoal”, defende o Focco.