O governo do Tocantins instalou um gabinete de crise dentro da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) com a presença de quatro pastas da administração. A informação é do Ministério Público (MPE). Os promotores Leonardo Gouveia Olhe Blanck e Benedicto de Oliveira Guedes estiveram reunidos nesta quarta-feira, 3, com membros do comitê.
Segundo informações do MPE, os promotores e representantes de outros órgãos de controle participaram de reunião com o chefe da Casa Civil, Rolf Costa Vidal, e com o titular da Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), Heber Fidelis.
“Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas, no entanto, a situação merece cautela, principalmente quanto à divulgação de demais informações. As buscas pela libertação dos dois reféns e prisão dos 19 fugitivos continuam com o apoio de todas as forças policiais do Estado”, comentaram os promotores de Justiça.
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Entenda
Presidiários da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) promoveram uma rebelião na tarde de terça-feira, 2, e conseguiram sair por volta das 16 horas levando como reféns a professora Elisângela Mendes Sobrinho e o servidor Roberto da Silva Aires. Os fugitivos chegaram a entrar em confronto com as forças de segurança, o que resultou na morte de nove detentos. Há a suspeita de um décimo morto, mas até o momento não foi possível confirmar. Assim, oficialmente, 19 continuam oficialmente foragidos.
Por um momento chegou a circular a informação de que professora Elisângela Mendes Sobrinho teria morrido. No debate entre os candidatos a governador na televisão, à noite, Carlos Amastha (PSB) chegou a fazer um minuto de silêncio pela morte da professora, mas a informação foi negada imediatamente pelo Estado. Talvez daí tenha saído o pedido de cautela dos promotores quanto a divulgação de informações.
O comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Jaizon Veras Barbosa, disse ao CT que foi reforçada a segurança das demais unidades penitenciárias do Estado para coibir eventuais desordens ou rebeliões.
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