O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) convocou coletiva de imprensa nesta terça-feira, 1º, para fala sobre o bloqueio de rodovias no Estado. Ele garantiu que a ordem será restabelecida no Tocantins, mas que o diálogo com os caminhoneiros que bloqueiam rodovias estaduais e federais no Estado será mantido, enquanto for possível. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva no Palácio Araguaia, e reuniu representantes da segurança pública.
RESPEITO AO RESULTADO DA ELEIÇÃO
O chefe do Executivo lembrou que o Tocantins não tem histórico de violência nesse tipo de desobstrução, mas que os bloqueios nas rodovias preocupam o governo. “Nós vivemos em um país democrático, e respeitar o resultado das eleições deve ser nossa principal atitude, neste momento”, disse.
DECISÃO DO STF
Wanderlei reafirmou também o compromisso do governo no sentido de cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou as polícias militares a desobstruírem as rodovias, inclusive federais. No Tocantins há 12 pontos de bloqueios, sendo oito em rodovias estaduais e quatro nas federais.
FORMA DE CUMPRIMENTO
O governador, no entanto, mostrou preocupação com o possibilidade de enfrentamento entre as forças de segurança e os manifestantes. “Nossa preocupação é a forma de cumpri-la [a decisão judicial], para que não tenhamos derramamento de sangue, pois [os caminhoneiros] são, em sua grande maioria, cidadãos de bem. Por isso estamos tendo o cuidado que a situação requer. Mas claro que vamos restabelecer a ordem”, ressalvou, contudo.
RISCO DE DESABASTECIMENTO
Outra preocupação do governo, segundo Wanderlei, é a correria dos tocantinenses aos postos de combustíveis e supermercados, por exemplo, por temor de desabastecimento. “Mas queremos tranquilizar a todos, primeiro porque esse movimento não é de interdição total, e depois porque estamos negociando da melhor forma possível. Estamos fazendo o melhor possível, mas evitando o confronto; enquanto a gente puder dialogar para diluir esse movimento, nós faremos, para preservar vidas.”
MONITORAMENTO
Segundo o comandante-geral da PM, coronel Márcio Antônio Barbosa, o pontos de bloqueio no Tocantins estão sendo monitorados, desde o início, seguindo um protocolo de gerenciamento de crise. “O uso progressivo da força acontece de acordo com a evolução dos fatos”, explicou, acrescentando que a PM está atuando em conjunto com outras forças de segurança, como a Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
PRF
De acordo com o superintendente da PRF no Tocantins, Almir Eustáquio, há dificuldades em desobstruir, pois os manifestantes estão sempre “migrando” para locais próximos. Mas que esse problema será atenuado com a chegada das forças de segurança do Estado. “Então, a partir de agora, iremos dar prosseguimento a esse trabalho até conseguirmos a liberação total das vias”, explicou.
PARTICIPANTES
Também participaram da coletiva de imprensa representantes da Polícia Federal, Ministério Público, Polícia Penal, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e secretários de Estado.