O governo do Tocantins publicou Decreto no Diário Oficial desta quinta-feira, 16, para prorrogar a jornada de seis horas para o funcionalismo até o dia 31 de dezembro. O expediente dos servidores foi alterado ainda em maio, sob a justificativa de que contribuiria com a economia do Estado; situação que teria sido comprovada pela administração.
Segundo o governo, relatório elaborado pela Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) demonstra que a jornada gera uma economia média mensal de R$ 2.209.621,00. Somente de janeiro a julho, o Estado diz ter economizado mais de R$ 15 milhões, e ainda espera reduzir em cerca de R$ 24 milhões os gastos com água, energia elétrica e combustível até o fim do ano.
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“Esta é uma medida necessária e que estamos vendo que está dando certo. O governo está economizando e o servidor está ajudando muito fazendo sua parte. Por isso, renovamos o Decreto e a jornada de seis horas fica valendo até 31 de dezembro deste ano”, disse o governador Mauro Carlesse.
Dentre os itens de despesas avaliados pela Seplan, estão o consumo de água, energia elétrica e combustível. Além de despesas com diárias, passagens, telefones fixo e móvel.
Dentre todos os itens, a maior redução de despesa foi com pagamento de diárias, que caiu 41% de janeiro a julho de 2018, se comparado ao mesmo período de 2017. Já os gastos com telefones tiveram uma redução de 33% e com passagens as despesas foram reduzidas em 28,61%. O último item a ter redução de gasto foi a energia elétrica, que teve redução de 18, 54%.
As únicas despesas que tiveram elevação nos gastos foram a água (3,17%) e o combustível (44,17%). No entanto, o governo ressaltou que a diferença em relação a água foi devido ao aumento da tarifa. Já em relação ao combustível, a administração estadual informou que realizou pagamentos atrasados deixados pela gestão anterior.
Empresariado insatisfeito
Apesar da jornada de seis horas ser uma reivindicação antiga do funcionalismo, o empresariado não se mostra satisfeito com a medida. O governo de Estado já chegou a ser acionado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas por meio de ofício. A entidade pedia o retorno do expediente dos órgãos públicos ao horário comercial, o que não aconteceu.
“A nova mudança de horários vai acarretar prejuízos para a economia da Capital. O que seria benéfico para o comércio era a prefeitura e o Estado funcionarem durante todo o horário comercial, isso sim traria impacto positivos. A produção seria maior, assim como o consumo. O comércio vai ser muito impactado com esse novo expediente”, chegou a defender o presidente da CDL, Silvan Portilho.