No Tocantins, nesta época do ano, o setor agropecuário atravessa um período de falta de chuvas, altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ventos fortes, tornando-o propício à ocorrência de focos de incêndios, ocasionando uma série de problemas para o meio ambiente: destruição dos habitats naturais; morte de diversas espécies de animais; poluição do ar; aumento do risco de acidentes em rodovias devido à redução de visibilidade; e também contribuição para o aquecimento global com o lançamento de altas quantidades de CO2 na atmosfera. As doenças respiratórias, tais como bronquite e alergias, também são recorrentes nesta época, proporcionando assim, um maior número de atendimentos em postos de saúdes e prontos-socorros.
“Junto com as altas temperaturas vêm os efeitos adversos para as plantas e os animais, tais como a destruição da microbiologia do solo, o atraso da semeadura de algumas culturas, a queda na produção de leite e outros efeitos adversos que podem causar preocupação aos agricultores”, destaca a gerente de agrometeorologia da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Denise Coelho.
O produtor rural deve ter atenção redobrada, pois o menor descuido pode iniciar incêndios de grandes proporções. Uma simples garrafa de vidro, em meio à vegetação seca e exposta a altas temperaturas, características desta época do ano no Tocantins, pode iniciar uma fagulha e, assim, evoluir para um problema maior. Áreas sob plantio direto também devem ter atenção especial, pois a grande quantidade de palha sobre a superfície torna-se altamente inflamável devido a estas condições climáticas, onde temos altas temperaturas, ventos fortes e baixa umidade relativa do ar. Pontas de cigarro arremessadas à beira de rodovias são potenciais focos de incêndio e podem causar grandes prejuízos econômicos.
Diante de tantos danos provocados pelas queimadas, torna-se necessário o combate contínuo à ocorrência de focos de incêndio, evitando assim a destruição da vegetação nativa e áreas de pastagens, como já ocorre em outros estados brasileiros. O produtor rural pode contribuir muito para a não propagação do fogo, construindo aceiros junto às cercas, evitando o uso do fogo para limpeza de pastagens e mantendo-se vigilante para qualquer foco de incêndio.
É fundamental que os empresários rurais tocantinenses incorporem a gestão de riscos decorrentes das mudanças climáticas em seus processos de planejamento. Parte disto está associado à identificação da vulnerabilidade atual aos impactos de eventos climáticos.
Para ajudar o produtor rural a tomar decisões nesse cenário de mudanças climáticas, o Governo do Tocantins, por meio da Seagro, disponibiliza importantes ferramentas ao setor produtivo, tais como: o Portal da Agrometeorologia, a Resenha do Tempo e o aplicativo Infotempo Tocantins. Falem com nossos técnicos e esclareçam suas dúvidas!. (Da assessoria de imprensa)