O Governo do Tocantins investiu cerca de R$ 11 milhões na ponte de 150 metros em concreto armado que eliminou o uso da balsa puxada por um cabo de aço, que fazia a travessia do rio Manoel Alves. A ponte está na rodovia TO-482, na divisa entre os municípios de São Valério da Natividade e Santa Rosa do Tocantins, próximo ao Povoado Apinajé.
A construção da ponte faz parte do programa de correção de pontos críticos, promovido pelo Governo do Tocantins, por meio da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), e financiado pelo Banco Mundial. A obra facilita o acesso à BR-010, pela TO-482, tornando o tráfego mais ágil e seguro para os condutores que passam pelo trecho.
A ponte vai beneficiar mais de 10 mil habitantes que compõem os municípios de Santa Rosa do Tocantins, São Valério da Natividade, Ipueiras e, especialmente, os cerca de 100 moradores do Povoado Apinajé, na zona rural, que esperam por essa obra há mais de 50 anos, desde o tempo em que a região ainda era pertencente ao Estado de Goiás.
O morador do povoado Apinajé, Enéas Benedito da Silva, de 65 anos, conta que é nascido e criado no povoado e que, desde os seus 15 anos, ele e a comunidade esperam por essa obra.
Benefícios
A obra já representa um salto no desenvolvimento da região do rio Manoel Alves, pois os insumos, as peças e os maquinários agora são transportados sobre a ponte. Antes, as máquinas do agronegócio tinham que dar uma volta de até 280 km para chegar a algumas fazendas produtoras de soja e de gado.
A moradora do Apinajé, Carmencí da Silva Francis Oliveira, educadora e comerciante, possui um bar no povoado e declara que a existência da ponte melhorou bastante o movimento no estabelecimento. “Só não está mais movimentado por causa do preço da gasolina”, declara.
Ela informa que, em julho, começará a temporada da Praia do Por do Sol na ilha do rio, próximo à ponte. “Na temporada, vem gente de todo lado, até turistas de fora do Tocantins. Graças a Deus essa ponte está pronta, porque eu vou à cidade duas a três vezes na semana buscar mercadoria para o bar e, só para atravessar a balsa, levava 40 minutos para ir e 40 para voltar”, aponta. Segundo Carmencí, ela própria foi testemunha várias vezes quando a noite alguém ficava doente, alguém tinha que atravessar o rio a nado para pegar a balsa do outro lado para poder atravessar o doente, pois o horário da balsa era somente das 7 às 18 horas.
O soldador Gilson da Luz pontua que a obra melhorou sua vida e dos demais moradores da cidade em 100%. “Agora, podemos ir direto para São Valério, Palmas, Santa Rosa e Porto Nacional. Nós sofríamos muito com a balsa”, afirma. (Da assessoria de imprensa)