O Instituto Indígena (Inditins) e a União dos Acadêmicos Indígenas (Uneit) estiveram reunidos na quinta-feira, 20, com o reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Luís Eduardo Bovolato, para cobrar soluções para conter os altos índices de evasão universitária. O grupo cobra ações afirmativas. Foram apontados como alguns dos problemas das desistências, dificuldades com a língua portuguesa e deficiências no letramento digital, além de problemas como a discriminação racial.
POLÍTICA DE ACESSO, MAS TAMBÉM DE PERMANÊNCIA
De acordo com o presidente do Indtins e vice-presidente da Uneit, Paulo Oxati Karajá, uma política de permanência tem que andar ao lado da política de acesso. “O acesso daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade por si só, que é uma realidade da maioria dos universitários indígenas, não garante o direito à educação”, disse.
PROPOSTAS
Entre as ações propostas pelos estudantes, destacam-se a criação de um programa bilíngue, curso de português, programa de tutorias para indígenas e capacitação em letramento digital para conhecimentos de ferramentas básicas, como a própria internet.
COORDENAÇÃO ESPECÍFICA
As entidades ainda propuseram a criação de uma coordenação específica para os acadêmicos indígenas. “A universidade é uma extensão do espaço público dos territórios indígenas, onde há uma troca de saberes entre o conhecimento científico e o tradicional”, disse o presidente da Uneit, Ivan Guarany..
UFT
Diretora de Registro e Controle Acadêmico (Dirca),Daniella Borges do Nascimento sugeriu uma reavaliação do Programa de Inovação Pedagógica (PIIP) para melhor atender aos discentes indígenas. Já a professora dos programas de graduação em Letras, Karileila dos Santos Andrade, reforçou a importância de se revisar a metodologia de letramento e encarar o português como a segunda língua dos povos indígenas.