O Instituto Indígena do Tocantins (Indtins) emitiu nota de repúdio nesta terça-feira, 19, contra o assassinato de David Dias Apinajé, de 29 anos, que ocorreu no sábado, 16, em Tocantinópolis. O jovem indígena pertencia à comunidade da Aldeia São José, no mesmo município, e os relatos sugerem que teria sido vítima de ataque a tijoladas. A entidade revela que a Polícia Civil (PC) trabalha com a possibilidade de crime sem motivação, ou até por motivo torpe. Dois homens são suspeitos. “Diante de tanta brutalidade e desprezo à vida, o que se espera é pelo rápido desfecho e que leve à punição dos responsáveis. Sem emitir juízo de valor, refletimos que essa tragédia humana chama atenção também para o drama do alcoolismo, que atinge os nossos jovens indígenas e exige políticas públicas urgentes que possam fazer frente a esse grave problema. Do mesmo modo, ressaltamos que também devem ser observadas todas as interseccionalidades envolvidas, como o desemprego, o preconceito e a saúde mental, de modo que o poder público e as comunidades indígenas possam encontrar caminhos que ajudem a prevenir fatalidades”, relata o Indtins.
Leia a íntegra da nota:
“O Instituto Indígena do Tocantins (Indtins) vem a público manifestar repúdio e indignação pelo brutal assassinato do jovem indígena David Dias Apinajé, de 29 anos, ocorrido no último sábado (16), na cidade de Tocantinópolis, no norte do Estado.
David pertencia à comunidade da Aldeia São José, no mesmo município, e os relatos sugerem que teria sido vítima de ataque a tijoladas, segundo noticiado pelo portal local Toc Notícias – http://www.tocnoticias.com.br/m_leitura_noticia2022.php?idnoticia=1666.
De acordo com o delegado Tiago Daniel de Moraes, da 20ª Delegacia de Polícia Civil, de Tocantinópolis, que investiga o caso, os suspeitos são dois homens, cujo crime não teria tido motivação, ou seja, teria tido motivo torpe (desprezível, moralmente reprovável) e sem dar chance de defesa à vítima.
Diante de tanta brutalidade e desprezo à vida, o que se espera é pelo rápido desfecho e que leve à punição dos responsáveis.
Sem emitir juízo de valor, refletimos que essa tragédia humana chama atenção também para o drama do alcoolismo, que atinge os nossos jovens indígenas e exige políticas públicas urgentes que possam fazer frente a esse grave problema.
Do mesmo modo, ressaltamos que também devem ser observadas todas as interseccionalidades envolvidas, como o desemprego, o preconceito e a saúde mental, de modo que o poder público e as comunidades indígenas possam encontrar caminhos que ajudem a prevenir fatalidades como essa sofrida pelo jovem David que, tendo a sua jornada interrompida precocemente, deixa um vazio na família, na comunidade e na sociedade como um todo.
Instituto Indígena do Tocantins (Indtins), 19 de setembro de 2023. “