O projeto de monitoramento do desmatamento das formações florestais na Amazônia Legal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Prodes, mostra que o Tocantins registrou uma queda de 49% de desmatamento de 2010 a 2020. A taxa de 11 anos atrás era de 49 quilômetros quadrados (km2) de área desmatada, contra os 25 km registrados no ano passado. Os números foram comemorados pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faet). “O produtor rural está de parabéns. Estamos produzindo mais e melhor, com produtividades cada vez maiores, sem a necessidade de ficar abrindo novas áreas todo ano”, destacou Paulo Carneiro, o presidente.
Queda no desmatamento, aumento da produção
Conforme a Faet, no mesmo período em que o Estado registrou queda no desmatamento, a produção de grãos em geral subiu de 2.210 para 5.583 toneladas; bem como a área plantada, que foi de 600 mil para 1,6 milhão de hectares, um crescimento de mais de 120%. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) especifica um aumento de 196% da área plantada com soja. Na pecuária também ocorreu um salto. O rebanho bovino foi de 7,9 para 8,5 milhões de cabeças de gado.
Produtores conscientes
A Faet defende que a diminuição do desmatamento é resultado do emprego de políticas e tecnologias que favorecem as atividades agropecuárias no Estado e permitem que o desenvolvimento seja feito de uma forma ambiental e economicamente sustentável. Isso confere ao Tocantins uma posição de destaque entre os oito demais estados que compõem a Amazônia Legal. Juntamente com o Amapá, é um dos que menos desmatou nos últimos anos. “Nossos produtores estão conscientes de suas responsabilidades ambientais, por isso a busca é por tecnologias que aumentem a produção sem que isso afete o meio ambiente”, destacou Paulo Carneiro.
Veja a taxa de desmatamento de todos os estados da Amazônia Legal de 2004 a 2020: