A Representação Estudantil do Internato Médico Interinstitucional (Reimi) acionou a Coluna do CT em nota nesta segunda-feira, 1º, para defender a sua legitimidade de atuar pelo restabelecimento do estágio supervisionado obrigatório em Palmas, suspenso devido a pandemia de Covid-19. A Reimi foi questionada pela Associação dos Estudantes de Medicina do Tocantins (Aemed), que se colocou – ao lado dos centros acadêmicos (CAs) – como “única forma representação com decisões unânimes e coesas que visam a segurança e a qualidade do ensino médico”.
Reimi é sim uma organização estudantil legítima
Assinada pelo acadêmico Victor Lenon, a nota reforça que a Reimi “é sim uma organização estudantil legítima”, sendo de direito privado, independente e sem fins lucrativos. O grupo é formado por 91 estudantes de Medicina do 9º, 10º e 11º períodos das Universidades Federal do Tocantins (UFT), municipal de Gurupi (Unirg) e do Instituto Presidente Antônio Carlos (ITPAC). “A Aemed e os centros acadêmicos, embora sejam organizações estudantis formais, não detém as prerrogativas legais para a regulamentação da atividade estudantil no Estado. Não cabe [a eles] a emissão de parecer acerca da legitimidade de quaisquer movimentos”, rebate.
Reimi não é antagonista da Aemed
O próprio teor da nota da associação foi alvo de questionamentos da Reimi, que afirma não querer disputar com as demais entidades representativas. “Indigna-nos o tom adotado e o teor da publicação em questão. Haja vista que a Reimi sempre trabalhou e sempre trabalhará pautada na diplomacia, cordialidade, democracia e honestidade para com todos os colegas. Jamais atuará de forma irresponsável ou em divergência ao posicionamento preconizado pelo CFM, CRM e entidades estudantis competentes. Nunca antagonizamos e jamais antagonizaremos os trabalhos realizados pelos CAs e Aemed”, garantem.
Não aceitará repressão
Após condenar a pauta da Reimi pela volta do internato, a Aemed chegou a enviar uma errata onde reforça a “necessidade de analisar os riscos com prudência” em relação a volta das atividades em meio a pandemia. Apesar disto, a associação manteve o posicionamento de se colocar como única forma de representação estudantil ao lado dos CAs, principal ponto da tréplica. “Não aceitaremos qualquer tipo de repressão ou penalização que recaia sobre a Reimi devido ao exercício legítimo da sua liberdade de expressão e do direito em criar representações que atendam aos seus interesses”, defende.