O servidor público Fidel Costa ocupou a tribuna da Câmara de Miracema, na sessão da noite de segunda-feira, 13, para voltar a cobrar solução para o caso do assassinato de seu irmão, Moisés Costa, o Moisés da Sercon, em 30 de agosto de 2018, quando era prefeito da cidade. “Não desejo para ninguém estar lutando pela causa do assassinato de um irmão, de um ente querido. Para nós, a família, é uma ferida que não fecha. E ninguém gostaria de estar no meu lugar”, afirmou aos vereadores, dizendo que estava ali para “pedir socorro, pedir ajuda”.
PROVAS PODEM SER PERDIDAS
Fidel disse ter ouvido de investigadores da Polícia Civil que, com cinco anos do caso em aberto, provas podem ser perdidas. “Quatro anos e seis meses. Em agosto vai completar cinco anos, e as provas podem ser perdidas. Eu ouvi isso da própria polícia. Dos próprios investigadores. A partir de cinco anos, as operadoras não serão obrigadas a fornecer dados”, afirmou. “A sociedade também precisa da resposta”, defendeu.
CASO PODE SER ARQUIVADO
À Coluna do CT, a família afirmou esta semana que “há conversas” de que o caso poderia ser arquivado sem solução. Em fevereiro de 2021, a 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP) de Palmas anunciou a prisão do primeiro suspeito de envolvimento na morte do prefeito de Miracema. O indivíduo foi descrito como um homem de 51 anos, preso em 3 de fevereiro daquele ano em São José do Xingu, em Mato Grosso. A prisão, conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública anunciou na época, ocorreu mediante cumprimento de dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça em desfavor do suspeito.
SILÊNCIO SEPULCRAL
Desde então um silêncio sepulcral se abateu sobre o caso de Moisés, e não houve nenhum avanço tornado público. A família se reuniu com os secretários de Segurança dos governos do período, mas sem qualquer sinal concreto de que o caso teria desfecho.
Assista trecho do pronunciamento de Fidel na Câmara de Miracema na segunda: