A área técnica da Secretaria de Estado da Saúde, juntamente com a Coordenação do Programa Municipal de Hanseníase de Palmas realizaram nesse domingo, 10, uma mobilização educativa no Parque Cesamar em combate à hanseníase. A mobilização contou com a distribuição de material informativo e vários profissionais da saúde disponíveis para ajudar a tirar as dúvidas das pessoas em relação à doença, além de um consultório móvel para diagnóstico.
O Tocantins é um Estado hiperendêmico. Em 2017 foram registrados 1.144 casos da doença, já em 2018 o número saltou para 1.632, uma alta de 42,7%. Dos mais de 1,6 mil casos, 116 eram de menores de 16 anos.
O evento faz parte do encerramento das atividades do Janeiro Roxo, que é um mês de alerta e combate à doença, onde os serviços de saúde realizam ações para alertar a população sobre os cuidados, formas de contágio e tratamento.
A Assessora Técnica da Hanseníase, Regina Maria Figueiredo Garcia Teixeira, explica que a hanseníase hoje é uma doença tratável, completamente curável. “A gente só precisa que a população venha até a unidade de saúde para o diagnóstico. A medicação é disponibilizada gratuitamente para a população, que se fizer o tratamento correto, fica completamente curado.”
Ela explica também que o diagnóstico é totalmente clinico, feito através de um exame dermatológico. “O paciente é avaliado dermato neurologicamente, ou seja, se olha os nervos, se olha a pele, os membros do paciente e baseado em alguma queixa que ele possa ter. Você não precisa de um exame para diagnosticar hanseníase, é totalmente clinico.
A servidora pública Maria Luiza Gomes, estava passeando no parque Cesamar e aproveitou para fazer uma avaliação. “Achei de suma importância essa ação da saúde, porque facilita para gente que trabalha o dia todo. Eu aproveitei para fazer uma avaliação junto com meu marido, só não se cuida quem não quer.”
Sobre a doença
A hanseníase (Lepra) é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Os principais sinais e sintomas da doença são:
Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas) ou eritematosas, lesões infiltradas e avermelhadas, diminuição ou perda de sensibilidade (a pessoa pode sentir formigamentos e/ou choques e/ou câimbras que evoluem para dormência – se queima ou machuca sem perceber);
Infiltrações e nódulos principalmente na face e pavilhões auricular, diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente sobrancelhas e cílios; Falta ou ausência de sudorese no local da mancha, pele e olhos ressecados, obstrução nasal, dentre outros. (Com informações da assessoria).