Dados do Programa Nacional Vida no Trânsito apontaram uma redução de 29,4% no número de mortes no trânsito de Araguaína no comparativo entre os anos de 2022 e 2023. Enquanto em 2022, primeiro ano de implantação do programa, foram registrados 51 óbitos, no ano seguinte o número caiu para 36. O comitê é formado pela Agência de Segurança, Trânsito e Transporte (ASTT) em parceria com mais de 10 órgãos e instituições de saúde, segurança e trânsito.
TRECHOS URBANOS DE RODOVIAS REGISTRAM MAIS ACIDENTES
A área que corresponde a Araguaína está compreendida em uma circunferência de 74,88 quilômetros, tendo como limites o distrito de Novo Horizonte, a oeste; o setor Jardim Paraíso, a leste; Setor Ponte, ao sul; e a rotatória da EMVZ (Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia) da UFNT (Universidade Federal do Norte do Tocantins) ao norte. A maioria dos acidentes com óbito foi registrada no Bairro São João e nos trechos urbanos da BR-153 e TO-222.
VEÍCULOS PESADOS E MOTOCICLETAS
Diretora de fiscalização da ASTT, Thamiles Vasconcelos falou sobre os dados por meio da assessoria do Paço. “Além de serem vias de tráfego rápido, as rodovias têm a particularidade de veículos pesados trafegando em conjunto com motociclistas, o que colabora para a gravidade dos acidentes. Já no Bairro São João, a quantidade pode estar relacionada à extensão do bairro, que é via de acesso a muitos outros setores, além de ser um dos maiores e mais populoso da cidade”, explica.
AS VÍTIMAS
Os jovens lideram o ranking das vítimas do trânsito. Nos dois anos analisados, a maioria das vítimas está na faixa etária dos 18 aos 25. Das 51 vítimas de 2022, 15 estavam nessa faixa, o que representa 29,4%. Das 36 vítimas de 2023, 13 estavam na mesma faixa, 36% do total. A segunda faixa etária com mais vítimas vai dos 26 aos 30. Foram 13 vítimas (25,4%) em 2022 e 10 (27%) em 2023. Em relação ao gênero, são os homens a maioria das vítimas. Em 2022, 67% foram do sexo masculino e 33% do sexo feminino. Em 2023, foram 74% do sexo masculino e 26% do sexo feminino.
OUTROS DADOS
Nos dois anos analisados, os dias da semana com maior ocorrência de acidentes foram as quintas-feiras, sábados e domingos. Quando analisados pela natureza dos acidentes, os mais registrados são, respectivamente, colisão, choque, atropelamento, queda e capotamento. “A análise dos dados embasa as ações da comissão para reduzir o número de acidentes. A partir deles, é possível elaborar campanhas educativas e outras intervenções específicas para cada público-alvo”, pontua.
CASOS SEM VÍTIMAS AUMENTOU
Em relação ao número de acidentes sem vítimas, a ASTT registrou um aumento no período de comparação: em 2022, foram 94 e, em 2023, 116. Já segundo dados do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que registra acidentes com vítimas encaminhadas para atendimento nas unidades de saúde, houve uma diminuição na quantidade de ocorrências de trânsito: 1.645 em 2022 e 1.467 em 2023.