Uma série de motoristas estão com seus caminhões-pipa estacionados na Praça dos Girassóis há cerca de 50 dias para cobrar do Palácio Araguaia e da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) o pagamento pelos serviços prestados a municípios da Região Central e Sudeste que sofrem com a seca. Segundo um dos membros da mobilização, Jailton Vieira, são cerca de 38 pessoas prejudicadas que reivindicam cerca de R$ 2,8 milhões do Executivo.
Sem contrato
Conforme Jailton Vieira, a contratação dos caminhões–pipa deveriam ocorrer após a correta tramitação do edital para a prestação de serviços, mas algumas urgência em alguns municípios e com a atuação do Ministério Público (MPE) obriga a ATS a recorrer aos motoristas mesmo sem firmar qualquer contrato com a promessa de futura regularização. Entretanto, os caminhoneiros alegam estar com dificuldades de receber do governo estadual. Por acaso é culpa nossa de socorrer vocês na hora que estão na necessidade?”, questionou em conversa com a Coluna do CT.
Demora no reconhecimento de dívida
Jailton Vieira afirma que os motoristas já apresentaram toda a documentação de comprovação dos serviços prestados, mas que a ATS tem demorado para dar andamento ao reconhecimento da dívida. Segundo o representante, o Estado publicou Portaria que estabeleceu prazo de 60 dias – prorrogáveis pelo mesmo período – para concluir o processo.
Comissão apura dívida
Em nota, o governo estadual afirma que tem mantido o diálogo com os prestadores sobre os procedimentos de pagamento “ a fim de garantir a transparência pública”. Conforme a ATS, uma comissão foi instituída para apuração destes serviços prestados. Paralelo a isto, o Executivo destaca que já foram pagos na atual gestão R$ 2.855.300,95 relativos a operação Pipa 2017, além de outros R$ 2.217.038 referentes a 2018.