Por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o governo assinou um termo de cooperação com a inglesa Biodiversity Ecosystem Future (BEF) para a venda de crédito de carbono do Tocantins. Firmado durante a agenda de comitiva tocantinense na 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), o acordo garante a comercialização de cerca de 60 milhões de toneladas de carbono que o Estado dispõe em sua reserva – ativos dos anos de 2005 até 2015 – e que agora poderão ser comercializados através da empresa.
Créditos de carbono
Os créditos de carbono podem ser comercializados entre países desenvolvidos que possuem a obrigação de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e países em desenvolvimento que não possuem essa obrigatoriedade. Nesse mercado, empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas opções para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Assim, elas indiretamente ajudam a manutenção do projeto de redução e, além de equilibrar o nível de emissões de gases na atmosfera, contribuem para o desenvolvimento sustentável de comunidades vulneráveis.
A empresa
A BEF Marketplace permite que as organizações comprem créditos de carbono voluntários diretamente dos desenvolvedores do projeto, na fonte, garantindo que o dinheiro gasto realmente chegue ao projeto. A plataforma digital desenvolve soluções de tecnologia para melhorar a transparência dos mercados e transação de ativos ambientais, além de democratizar o financiamento de projetos de combate às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade.
Vitória para o Tocantins
Membro da comitiva tocantinense na COP-26, a deputada estadual Claudia Lelis (PV) comemorou o acordo. “A assinatura desse acordo é uma vitória grande para o Tocantins, e garante que as ações de preservação ambiental sejam recompensadas financeiramente. É um grande passo e todos da comitiva tocantinense contribuíram muito para que esse acordo fosse negociado”, disse a pevista por meio da assessoria. Conforme a parlamentar, o Estado tem potencial para comercializar no mercado internacional cerca de 260 milhões de toneladas de carbona, o que poderia gerar mais de 2,6 bilhões de dólares.