A equipe integrada de fiscalização ambiental do Parque Estadual do Cantão (PEC), de responsabilidade do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), e Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA-TO) de Caseara atenderam várias denúncias de extração ilegal de madeira durante patrulhamento ambiental terrestre, no Projeto de Assentamento Onalício Barros, e pesca ao longo do Rio do Coco, Lagos do Paredão, seco do Caboco e dos Crentes. A operação integrada ocorreu entre os dias 17 e 21 deste mês.
De acordo com o relatório da operação, o responsável pela madeira pretendia usar o material na construção de cerca e afirmou não ter conhecimento da necessidade de licença ambiental. Sem a autorização, o proprietário foi autuado por depósito de madeira tipo estacas, essência diversa. Nos pontos pesqueiros do assentamento, foram abordados pescadores amadores que receberam orientação dos fiscais quanto à vigência da cota zero para transporte de pescado e o limite de 5 kg para consumo no local por carteira de pesca.
Em seguida, a equipe avançou para área de reserva próximo ao lago Canguçu, onde foi localizado outro ponto de extração de madeira, mas o responsável não se encontrava no local. Por vias aquáticas, a equipe percorreu o Rio do Coco, Furo do Cirica e lagos do PEC, onde foram abordados dois barcos com pescadores sem a licença de pesca, que na oportunidade também foram atuados no valor total de R$ 600 e tiveram os molinetes e carretilhas apreendidos.
Ainda no Rio do Coco, um homem foi avistado pelos fiscais da operação em uma praia, mas ao perceber a aproximação da equipe evadiu da área. Durante as buscas no local foi encontrada uma arma de fogo calibre 32 com cinco munições, que foi entregue à 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil de Paraíso, após registro do Boletim de Ocorrência.
Adailton Fernandes Glória, supervisor do Parque do Cantão, frisou que a operação teve bastante resultado devido ao registro de denúncias realizadas pelos próprios moradores do entorno do Parque. Adailton ressaltou ainda que a chegada do verão aumenta a facilidade para a extração de madeira, mas o material foi localizado dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA) e dentro de uma Reserva Legal. “Motivo da importância de mantermos as nossas fiscalizações com apoio do BPMA para coibir esse tipo de crime ambiental, além da questão dos acampamentos ilegais, que a partir de agora, com os decretos estadual e municipal, estão suspensos em praias, mas mesmo assim, muita gente tem vindo para as beiras dos rios. Parte dessas pessoas tem informação, mas continuam insistindo em acampar dentro da área do Parque, o que não é permitido. Então continuamos fazendo nosso trabalho de orientação e quando é verificada infração não há porque não punir os infratores” destacou Adailton Fernandes.
“A minha orientação é que as pessoas procurem saber em que área é permitido acampar, evitar aglomeração e observar que em nenhuma hipótese é permitida a extração de madeira dentro de reserva e extrair esse material sem permissão do órgão ambiental. O Código Florestal, Lei Federal nº 12.251/2012, permite que proprietário da área retire madeira para consumo próprio, mas para isso ele tem que oficializar no órgão ambiental para ter essa autorização em mãos”, concluiu o supervisor. (Da assessoria de imprensa)