Um chamado para resgate de uma preguiça encontrada na área urbana de Colinas, região norte do estado, foi atendido pela equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBMTO), que a encaminhou ao escritório local do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). O animal precisava de atendimento médico pois sofrera uma queda durante o resgate.
A preguiça, cujo nome científico é Bradypus variegatus, foi encaminhada ao Centro de Fauna do Tocantins (Cefau) na Capital. A fêmea de 57 cm e 7 kg foi examinada pela equipe médica que, após constatar seu bom estado de saúde, liberou para soltura imediata.
A espécie tem ocorrência confirmada para os estados da região Norte, incluindo florestas do Tocantins, com um registro em 2001 citado no Plano de Manejo do Parque Nacional do Araguaia, e mais recentemente, em 2019, uma avistagem registrada pela pesquisadora Samara Bezerra Almeida, da Gerência de Pesquisa e Informações da Biodiversidade (GPIB), no Parque Estadual do Cantão.
A soltura da preguiça foi realizada em local seguro, ambiente favorável ao seu modo de vida. “Esses animais são capturados para consumo da sua carne ou são mantidos como animais de estimação, mas geralmente morrem nessa situação por não receberem a alimentação apropriada. Para eles, o melhor local é uma boa floresta, livre de ameaças”, explica a bióloga no Naturatins, Angélica Beatriz.
Conforme a bióloga e Inspetora de Recursos Naturais, as preguiças pertencem a mesma ordem dos tamanduás, e se alimentam especialmente de folhas, ramos e brotos de diversas plantas e, segundo o que descreve o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), apesar de existirem muitos estudos sobre a espécie, é necessário intensificar as pesquisas relacionadas a sua distribuição nas fronteiras dos biomas onde elas ocorrem e também para compreender a relação com áreas urbanas.
Cefau
Sob a administração do Naturatins, por meio da Gerência de Pesquisa e Informação da Biodiversidade (GPIB), o Centro de Fauna do Tocantins (Cefau) foi instituído pela Portaria n° 158/2019, com o objetivo de garantir a proteção da fauna silvestre por meio da operacionalização de ações de assistência aos animais que se encontram em perigo iminente, e de ações socioambientais e educativas, que vislumbram a prevenção da saúde da população e o combate ao tráfico de animais. (Da assessoria de imprensa)