O secretário-geral do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Felipe Pimpão, conversou com a Coluna do CT no fim da manhã desta terça-feira, 6, para prestar esclarecimentos sobre as 557 autorizações para exploração florestal (AEF) publicadas no Diário Oficial de sexta-feira, 2. Os atos chamaram a atenção do Ministério Público (MPE), que instaurou procedimento investigativo.
Repercussão causou espanto
Felipe Pimpão afirmou que a repercussão das publicações causou “espanto” no Naturatins. “É uma coisa completamente formal, um procedimento legal. Ele recebe uma licença e a isto tem que ser dado publicidade. Continuo perplexo com o interesse da mídia com algo tão normal. Uma coisa completamente corriqueira e dentro da normalidade”, afirmou.
Trabalho técnico
O secretário-geral reforça que antes da emissão destas AEFs o Naturatins faz um trabalho de “alto rigor técnico”. Felipe Pimpão relata que o Tocantins está “à frente de muitos estados brasileiros” e consulta o sistema federal e o estadual de monitoramento ambiental antes de autorizar qualquer tipo de desmatamento.
Fiscalização
Felipe Pimpão esclarece que, caso ambos os sistemas não deem aval, é impossível o Naturatins alterar o parecer para autorizar a exploração. O servidor defende que o procedimento está “cada vez mais técnico” e que os questionamentos a proprietários de terra tem crescido. “Se ele não melhorar, não corrigir, se não fizer uma nova proposta, não vai conseguir [a AEF]”, complementa.
Combate ao desmatamento ilegal
O secretário-geral do Naturatins destaca ainda que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) é analisado antes da emissão da AEF e que o foco do instituto é no combate ao desmatamento ilegal. “Este sim que traz danos a natureza, não respeita os recursos hídricos, as reservas”, complementa.