O Boletim Climático e Riscos de Incêndio divulgado nesta quarta-feira, 18, traz novas atualizações. Publicado semanalmente, o documento é elaborado com dados do Centro de Inteligência Geográfica (Cigma) da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e inclui informações detalhadas sobre o monitoramento climático, focos de queimadas, o nível dos Rios nas bacias hidrográficas e, agora, a distribuição dos focos de queimadas por áreas privadas, públicas estaduais e as de domínio federal, além de informações do Monitor de Secas.
ÚLTIMA SEMANA
A edição desta semana, que cobre o período de 10 a 16 de setembro, apresenta um panorama abrangente das condições climáticas e de risco de incêndio no Tocantins. O boletim revela que, sem precipitação registrada, o mapa de risco de fogo mostra uma situação crítica para todo o Estado. As condições meteorológicas indicam temperaturas elevadas e baixa umidade relativa: 28,2ºC e 47% na região norte, 31,1ºC e 32% na região central, e 26,7ºC e 45% na região sul.
MAIS DE 13,4 MIL FOCOS
No que diz respeito às queimadas, o Tocantins já registrou 13.448 focos no período de 10 a 16 de setembro, 1.801 a mais do que a edição anterior. Entre os municípios mais afetados estão Lagoa da Confusão (353 focos), Pium (255) e Formoso do Araguaia (187), que lideram o ranking de queimadas.
CRISE HÍDRICA MAIS GRAVE DOS ÚLTIMOS ANOS
O monitoramento hídrico também mostra uma tendência de queda acentuada nos níveis dos rios, uma característica comum durante a estiagem. A estação Aurora do Tocantins no Rio Palma, por exemplo, registrou um nível de 2,43 metros, evidenciando uma recuperação em relação ao ano passado e a 2022, mas ainda assim menor do que os níveis históricos. O boletim hídrico demonstra que ao longo desses últimos três anos, 2024 apresenta o menor nível dos rios monitorados pela Semarh, o que vem reforçar que a crise hídrica instalada no Estado é a mais grave dos últimos anos.
MONITOR DE SECAS
Uma das novidades é a inclusão do Monitor de Secas. O mapa é mensal e apresenta a situação de seca nas unidades federativas no mês anterior, além das áreas que ficaram livres do fenômeno. Nos mapas das secas, a severidade da seca no estado vem se agravando ao longo dos últimos três anos. Onde a seca grave que não foi identificada no mês de agosto nos anos anteriores, em 2024 apresentou um grande avanço na região central, sul e oeste do Estado.