O Tocantins é o Estado da Amazonia Legal com menor participação no número total de casos notificados de malária. A região é responsável por 99% das ocorrências da doença no Brasil. “Nos assemelhamos a Estados da região extra-amazônica”, afirmou a enfermeira da área técnica da Secretaria Estadual da Saúde, Denize Khirlley.
Segundo ela, em 2018 a contribuição do Tocantins no resultado geral de casos na Amazônia Legal foi de 0,01%. Apesar do resultado positiva, a enfermeira defendeu que ele precisa ser superado para que o Estado saia da área endêmica da doença e consequentemente passe para área com transmissão residual.
Essa quinta-feira, 25, foi o dia Mundial da Luta contra a Malária. A data foi criada com o intuito de reconhecer o empenho, o controle mais eficaz desta doença, o aproveitamento e apoio das experiências bem-sucedidas. Em 2018, a região amazônica iniciou com aumento de 52,8% de notificações. Quando comparado a 2017, houve redução anual de 1,6%. Já 2019 começou com uma queda importante de 34,7% de casos, sendo a maior parte deles distribuída entre Amazonas, Pará e Roraima, que respondem por 72,4% dos casos.
Ações continuadas
Nos últimos anos, o Tocantins vem reduzindo o número de casos notificados, internações e óbitos através de ações continuadas de controle da malária. Em 2018, a redução foi de 66,2% no número de casos em comparação com o ano anterior. Em 2019, foram registrados nos dois primeiros meses três casos importados, notificados na Região Médio Norte Araguaia.
Comparado ao mesmo período de 2018, a redução das ocorrências foi de 80%. “É preciso ressaltar que esses casos não foram adquiridos aqui no Tocantins, foram de pessoas que contraíram a doença fora do nosso território, mas foram diagnosticados por aqui”, destacou a enfermeira Denize Khirlley.
A doença
Segundo o Ministério da saúde, a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade. (Com informações da assessoria)