Candidatos à presidência da seccional tocantinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Gedeon Pitaluga, Ester Nogueira e Leonardo Maciel participaram nesta quarta-feira, 10, de debate sobre a sucessão da entidade. O evento foi realizado na Faculdade Católica Dom Orione, em Araguaína.
Presidente deve preservar a advocacia
Conforme a assessoria da chapa “Ordem na Casa”, Ester Nogueira e Leonardo Maciel defenderam que o presidente e candidato à reeleição, Gedeon Pitaluga Júnior, proteja a advocacia e se afaste do cargo enquanto se defende de acusações no âmbito judicial. O atual mandatário responde a uma denúncia de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa do Ministério Público (MPF) e também foi condenado por estelionato em decisão de primeira instância da Justiça Federal.
Crise moral na advocacia
Ester Nogueira foi dura ao pedir o afastamento de Gedeon Pitaluga. “Estamos presenciando uma crise moral na advocacia. Tenho certeza que, na minha gestão, vamos alavancar a moral da nossa Ordem. Quando se fala dos processos do presidente, há um desvio de assunto, colocando em destaque as obras, que são boas, mas não trazem a nossa dignidade. Temos um desembargador envolvido na mesma denúncia afastado, enquanto o nosso presidente não se afastou da entidade, continua presidente, desviando assunto, para se blindar da justiça. É isso que estamos esperando, que o senhor não use a OAB como seu escudo”, frisou.
Ordem distante das decisões que afetam diretamente a advocacia
Conforme Ester Nogueira, toda a situação moral do atual presidente faz com que a OAB do Tocantins não tenha força suficiente para buscar soluções para os problemas que prejudicam os advogados e advogadas no dia-a-dia. “Violações de prerrogativas acontecem todo dia e a toda hora. Estamos vivendo uma crise institucional, não há diálogo com outros poderes. Precisamos ter dignidade, respeito. Estamos distantes de decisões que afetam diretamente a nossa vida”, lembrou a candidata.
Oposição faz advocacia subserviente
Em contraponto, Gedeon Pitaluga reforçou a forte atuação da atual direção da entidade em defesa das prerrogativas da profissão. “Eu estou e estarei sempre do lado da advocacia. Essa é a grande diferença entre mim e meus adversários. Isso ficou claro aqui quando eles se posicionaram contra a posição adotada pela Ordem de defesa intransigente da advocacia. Quando desmerecem um instrumento fundamental de defesa do exercício profissional que são os 23 desagravos realizados pela atual gestão e mais quatro aprovados pelo Conselho Seccional. Menosprezam os desagravos porque fazem uma advocacia subserviente, baixando a cabeça para juízes, promotores, delegados”, defendeu.
Ordem é de toda a advocacia
Gedeon Pitaluga também aproveitou para defender a democratização da instituição. “Não precisa ser consolidado para ser dirigente de Ordem. Não precisa ser de linhagem. A Ordem é de toda a advocacia. Nós somos advogados e advogadas, não somos menores ou inferiores a ninguém. É esse conceito que coloco para análise e aprovação no dia 16. Um conceito que vá e fique ao lado da advocacia. Que passa as mazelas da advocacia, que saiba as dificuldades da advocacia, mas que esteja ao lado da advocacia. Porque a Ordem é da advocacia”, afirmou.
Confira a íntegra do debate: