Os organizadores avaliam que os atos em favor do governo Jair Bolsonaro ocorreram em dez cidades do Tocantins e reuniram mais de 2 mil apoiadores. Em Palmas o ato aconteceu na praça do Girassóis, reuniu, conforme a organização, em torno de 800 pessoas e contou com três carros de som. Em Araguaína, Walison Silva, um dos organizadores do ato na cidade, estima em torno de 700 apoiadores. Já em Gurupi, o movimento levou quase 400 pessoas às ruas, segundo a organização.
Na Capital, durante a concentração, foi executado o Hino Nacional, com os manifestantes ostentando bandeiras do Brasil. Os apoiadores de Bolsonaro realizaram passeata em torno da praça e revezaram-se na falas em torno das pautas defendidas.
Segundo o professor Edisom Alves, coordenador do “Movimento Direita Independente”, a manifestação é em favor das medidas de governo do presidente Jair Bolsonaro, entre elas: aprovação da reforma da Previdência, aprovação da reforma administrativa, que reduz despesas e o quantitativo de ministérios, a aprovação da lei anticrime, a “despetização” da máquina pública e a permanência do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) com o ministério da Justiça e Segurança Pública, do ministro Sérgio Moro.
A apoiadora Eliz Carvalho, porta-voz do grupo no ato, afirmou que “pela primeira vez o Brasil vai às ruas para pedir reformas como a da Previdência Social e consegue entender que existe uma relação de causa e efeito entre as reformas pretendidas pelo governo, o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento econômico”. No contexto das falas ocorreram críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e à bancada federal do Tocantins que votou pela retirada do Coaf do ministro Sérgio Moro — único que votou contra foi Eli Borges (SD).
Ato independe de partido
Professor Nelson, um dos coordenadores ato em Guaraí, lembrou que “o próprio ministro Paulo Guedes chegou a compartilhar vídeos das manifestações em defesa da reforma da Previdência”. Cleuton Fortaleza, coordenador do Movimento Direita Independente de Augustinópolis, defendeu que “o ato é em prol governo e pelo Brasil, independente de partido político”. “Repudiamos o verdadeiro ‘parlamentarismo branco’ chefiado pelo deputado Rodrigo Maia”, criticou.
Uma das coordenadoras do movimento em Gurupi, Ursula Meyer avaliou que os Poderes “estão envergonhando” o País. “A nossa primeira demanda é reafirmar apoio à [CPI] da Lava Toga, apoio ao pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, que a gente acha que é uma necessidade nacional esta luta e combate à corrupção; reforma da Previdência, porque as pessoas sabem que este é o tema mais sensível da nossa manifestação; e estamos dizendo para a galera que se esta reforma fosse mexer no bolso dos pobres ela já teria sido aprovada e ainda não foi aprovada porque vai mexer nos bolsos dos políticos e destes grandes que recebem uma fortuna às nossas custas”, defendeu ela ao site Atitude Tocantins.