Parente do segundo sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, preso na Espanha por tráfico internacional de drogas, falou em armação contra o militar. Ele viajava no avião reserva da Presidência da República, e foi preso na terça-feira, 25, com 39 kg de cocaína em sua bagagem pessoal.
Conforme a parente disse ao Jornal do Tocantins — conforme o impresso, ela preferiu não se identificar —, Rodrigues nasceu mesmo em Xambioá, no extremo norte do Tocantins, e morou com a família por 18 anos no Estado. Quando a atingiu a maioridade, ele se mudou para Brasília para servir a Aeronáutica, onde trabalha há 20 anos.
Ao jornal, a parente disse que a família está abalada com a prisão do militar e que acredita que ele seria “vítima de uma armação para o presidente Jair Bolsonaro”.
De acordo com o que a familiar disse ao impresso, Rodrigues não teve qualquer falha na Aeronáutica e trabalhou também com os ex-presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff.
“Ninguém aqui está acreditando nisso. Ele sempre foi um menino exemplar. Acho que fizeram uma armação para por causa do ódio ao Bolsonaro e usaram ele de cobaia. Ele é quem está pagando o preço”, avaliou a parente ao JTo.
A Força Aérea Brasileira já abriu o Inquérito Policial Militar (IPM) que vai investigar a prisão do segundo sargento. Ele é comissário de bordo, mas não atenderia ao avião presidencial, mas ao reserva. De acordo com fontes do Estadão/Broadcast, o episódio certamente levará à revisão das normas de embarques em aviões militares e da comitiva presidencial.