Chefe da força-tarefa criada para investigar a morte do prefeito de Miracema, Moisés da Sercon, o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Guido Camilo Ribeiro, concedeu entrevista coletiva no fim da manhã desta sexta-feira, 31, para esclarecer dúvidas sobre o caso. À imprensa, o delegado reforçou que a Polícia Civil ainda não descarta nenhuma hipótese e aguarda o resultado de algumas diligências para avançar na investigação.
BOM DIA
Morte do prefeito Moisés: um tiro que atinge a democracia
Além da DHPP, a Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) e a regional de Miranorte, com os delegados Leandro Risi e Lucas Santana, respectivamente, completam a força-tarefa criada. Guido Camilo contou que a PC começou a ouvir pessoas próximas e testemunhas – cerca de dez – e que já fez todos os pedidos periciais. “O corpo foi encaminhado para o IML [Instituto Médico Legal]. Os peritos estiveram no local e agora temos que aguardar um tempo até o laudo ficar pronto. A perícia tem, legalmente, dez dias, mas acredito que esteja pronto até antes”, prevê.
Questionado sobre a possibilidade de usar imagens de segurança na investigação, Guido Camilo garantiu já estar fazendo este levantamento. Com as diligências ainda no começo, o titular da DHPP disse ser cedo para “afunilar” as possibilidades. “Nós trabalhamos com todas as hipóteses”, disse o delegado, citando em especial latrocínio, homicídio e suicídio; sendo que este último cenário já foi completamente descartado pela Prefeitura de Miracema. Até potencial suicídio forjado e motivações políticas podem vir a ser consideradas.
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Guido Camilo confirmou que o corpo de Moisés da Sercon foi encontrado entre as 17 e 18 horas de quinta-feira, 30, em uma estrada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois. “No meio de uma mata que dá acesso apenas a algumas chácaras”, especificou. O prefeito de Miracema estava no banco do passageiro da frente da caminhonete Hilux com o ferimento de um tiro.
Uma arma foi encontrada dentro do veículo, com uma cápsula disparada e outras cinco, intactas, dentro do tambor. A origem dela não foi identificada e o delegado disse ainda ser cedo para afirmar se foi a utilizada no crime ou não. Guido Camilo também desmentiu a informação de que Moisés da Sercon teria um escolta e que foi dispensada antes de sua morte. “Ele nunca teve. Isto é conversa, são ilações sem fundamento”, afirmou.
Além da arma, no carro foi encontrado documentos diversos, chinelos e garrafas de água e energético. Mais detalhes não foram confirmados pela Polícia Civil. Guido Camilo defendeu que ainda espera o resultado das diligências e da perícia para começar a traçar uma linha de investigação. Representando a Delegacia Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o delegado Wanderson Queiroz também acompanhou a coletiva.