A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 22, a Operação Quebra-Galho, com o objetivo de desarticular quadrilha responsável por desmatamentos em terra indígena Xerente, localizada em Tocantínia. Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos, no próprio município, além de Rio Sono e Pedro Afonso. A ação contou com o apoio da Polícia Militar (PMTO), do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOAER) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
DESMATAMENTO E COMÉRCIO ILEGAL DE MADEIRA
Conforme relata a PF, as investigações revelaram que vem ocorrendo, de forma sistemática, desmatamentos nas aldeias da etnia Xerente há vários anos. Indígenas e não-indígenas casados com indígenas estão praticando o desmatamento e a venda ilegal de madeira para comerciantes e atravessadores de cidades próximas as aldeias. Até o presente momento foram identificados 16 suspeitos de terem participação ativa nos desmatamentos e comércio da madeira retirada ilegalmente.
IDENTIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS
Os atravessadores por sua vez, compram a madeira derrubada e fornecem insumos aos índios, como motosserras, gasolina, transporte e demais materiais necessários para a extração ilegal do vegetal. Com o cumprimento das medidas pretende-se identificar todas as pessoas que tem envolvimento com os crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira (receptadores).
ATÉ DEZ ANOS DE RECLUSÃO
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de reclusão.
BATISMO
Quebra-Galho é um recurso a que se recorre para resolver problemas ou dificuldades. É uma alusão ao nome do local onde ocorreu grande parte do desmatamento objeto de investigação, ou seja, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo.