A Polícia Federal (PF) informou ter deflagrado nesta terça-feira, 28, a Operação Kukuanaland, que visa identificar e desarticular organização criminosa dedicada a extração ilegal de ouro, comercialização, exportação e lavagem do dinheiro, extraídos de reservas indígenas e unidades de conservação federal. Apesar dos cinco mandados de busca e apreensão terem sido expedidos para Goiânia (GO) e Santos (SP), a autorização veio da Vara Única da Subseção Judiciária de Gurupi.
LAVAGEM DE R$ 130 MILHÕES
As investigações revelaram que na posse de uma Permissão de Lavra Garimpeira (PLG), localizada em Natividade, os suspeitos emitiam notas fiscais ideologicamente falsas da venda do ouro, acobertando assim a extração em terras indígenas e de garimpos ilegais em outros estados. Viabilizando a venda a instituições financeiras e exportadoras. Para os investigadores, ficou provado que na PLG indicada não houve a lavra da quantidade de ouro declarada. Até o momento, foi identificado a “lavagem” de ouro retirado de forma ilegal no valor de mais de R$ 130 milhões, o que representa em torno de 300 quilos de ouro puro.
IDENTIFICAÇÃO DOS ENVOLVIDOS
Os objetos apreendidos serão analisados visando a identificação de todas as pessoas que praticam a extração e o comércio ilegal de ouro. O trabalho se concentrará na identificação de todos os envolvidos e na recuperação do prejuízo sofrido pelos cofres públicos.
CRIMES
Os envolvidos poderão responder pelos crimes do artigo 2º (crime contra a ordem econômica – usurpação), da Lei nº 8.176/1991; artigo 55 (pesquisa/lavra/extração de recursos minerais sem autorização/permissão/concessão ou licença), da Lei nº 9.605/1998: artigo 1º (lavagem de capital), da Lei nº 9.613/1998, artigo 299 (falsidade ideológica), do Código Penal; e artigo 2º (organização criminosa), da Lei nº 12.850/2013, cujas penas somadas podem chegar a vinte e nove anos de reclusão.
BATISMO
O nome da operação “KUKUANALAND”, faz alusão às terras do povo KUKUANA do livro As Minas do Rei Salomão, onde foi encontrado o caminho para as minas do Rei e também fazendo referência às minas investigadas na ação