A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 24, a Operação Déjà Vu, que visa desarticular uma suposta organização criminosa que seria responsável por desvios de recursos públicos destinados à saúde pública de Araguaína. Aproximadamente 90 agentes cumprem 21 mandados de busca e apreensão no Tocantins, Goiás e Distrito Federal.
Conforme a PF, a estimativa é de um prejuízo de aproximadamente R$ 7 milhões aos cofres públicos. Os suspeitos deverão responder pelos crimes de fraude a licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.
O grupo alvo da operação conforme a PF, atuava através de organizações sociais sem fins lucrativos que participavam fraudulentamente de certames públicos para gerenciamento da saúde pública de Araguaína. Após a suposta fraude do certame, essas entidades passavam a contratar de forma direta, sem licitação, empresas ligadas a seus gestores, bem como firmam contratos superfaturados.
A investigação teve início após auditoria nos contratos firmados entre uma organização social sem fim lucrativo e empresas privadas prestadoras de serviços às unidades hospitalares de Araguaína. A Controladoria Geral da União (CGU) constatou que oito dessas clínicas possuiriam contratos superfaturados e relação direta e indireta com os gestores da referida organização social.
O OUTRO LADO
Batismo
O nome da operação faz referência a palavra francesa que significa “Eu já vi”, fazendo alusão ao fato de que esse esquema criminoso de desvio de recursos públicos da saúde por meio de organizações sociais “já foi visto” em outras unidades da Federação.