A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 21, a operação Tempo Perdido, com o objetivo de desarticular associação criminosa suspeita de desviar R$ 1 milhão da Previdência Social. Conforme a corporação, as evidências indicam que os investigados fraudavam benefícios por meio da majoração do tempo de contribuição, pagamentos de contribuições quase insignificantes, além de recebimento de vantagens indevidas.
Prisões e suspensão do exercício de função pública
Aproximadamente 55 policiais federais cumprem 2 mandados de prisão temporária, 2 ordens judiciais de suspensão do exercício de função pública e 12 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado. Também foram intimadas 13 pessoas nos estados do Tocantins, Minas Gerais e Distrito Federal.
Até 27 anos de prisão
Os fatos em apuração configuram, em tese, os crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa, previstos nos artigos 288, 312, 317 e 333 do Código Penal, cujas penas podem chegar a 27 anos de prisão. A ação contou com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.
Coronavírus
A Polícia Federal ressalta que foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio ,em razão da situação de pandemia do Covid-19, com distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.
Batismo
O nome da operação – Tempo Perdido – faz alusão ao tempo de contribuição que faltava aos investigados para que pudessem obter seus benefícios licitamente.