A Polícia Federal concluiu no dia 5 deste mês o inquérito relacionado às operações “Segundo Plano” e “Plano Inserto”, deflagradas no dia 10 de agosto. Com o término da investigação, a corporação concluiu por indiciar o ex-secretário municipal Edmilson Vieira das Virgens por associação criminosa (art. 288º do Código Penal) e ocultação de bens (art. 1º da Lei 9.613 de 1998). Ernando Laguna de Fontoura e Marco Antônio Silva Santos – primo do ex-gestor – também responderão pelos mesmos crimes.
ENTENDA
A Polícia Federal deflagrou simultaneamente as operações “Segundo Plano” e “Plano Inserto”. Ambas as ações visam aprofundar investigações relacionadas a contratações de empresas de forma direta pela Secretaria de Educação (Semed), que, em tese, caracterizam a prática dos crimes de contratação direta ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro. Dois contratos são questionados, um de transporte escolar e um segundo para aquisição de conjuntos pedagógicos. Juntos, os dois processos somam R$ 30 milhões.
INDICIAMENTOS
A Polícia Federal concluiu que os R$ 3.649.230,00 em espécie e 4 quilos de joias apreendidos não possuem origem lícita, caracterizando ocultação de recursos. O local da diligência foi considerado o bunker de Edmilson Vieira, que pagava o aluguel e frequentava o apartamento, utilizando Marco Antônio como laranja. Ernando Laguna também é citado como subordinado nos delitos. A corporação também entende que o grupo ocultou transferência de R$ 190 mil entre si e de um terreno de R$ 500 mil no loteamento Taquari – comprado pelo ex-secretário, mas em nome do primo. Por fim, a associação criminosa deve-se ao conluio entre os três para a suposta prática dos crimes.