O Produto Interno Bruto (PIB) do Tocantins alcançou o valor de R$ 43,6 bilhões de reais em 2020, mas em termos de volume, apresentou retração de 2,9% comparado ao ano anterior. O período abrange o momento de maior gravidade da pandemia da Covid-19. Mesmo diante da queda, o Estado aumentou sua participação no PIB nacional, em 0,1 p.p, saindo de 0,5%, em 2019, para 0,6%, em 2020. Os tocantinenses mantiveram a 24ª posição em relação ao valor do PIB, na comparação com os demais unidades da federação, e a 4ª colocação da Região Norte.
PIB PER CAPITA
O PIB per capita do Tocantins foi de R$ 27.448,43 (R$ 25.021,80 em 2019). Essas informações são das Contas Regionais 2020, elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
AGROPECUÁRIA CRESCEU
Na agropecuária o Tocantins cresceu 1,4% em volume em 2020, em relação ao ano anterior, desempenho que se vinculou sobretudo ao segmento aricultura, inclusive o apoio à agricultura e a pós-colheita, cuja variação foi de 20,5%. O incremento dessa atividade foi impulsionado especialmente pelo cultivo da soja, pelo cultivo de cereais e de algodão herbáceo, este último com menor representatividade da agricultura do Estado, mas com aumento expressivo na produção.
SITUAÇÃO PREOCUPANTE DA INDÚSTRIA
Por outro lado, a indústria do Tocantins registrou o sexto ano consecutivo de retração, com variação em volume de -1,3%. Este desempenho ocorreu principalmente pela queda em volume de 6,0% da atividade de construção e de 6,5% na de transformação. A variação negativa da construção deveu-se à retração nos segmentos de serviços especializados. Já a queda em volume dê indústrias de transformação ocorreu em função da fabricação de produtos alimentícios, da fabricação de produtos químicos orgânicos e inorgânicos e da produção familiar desta atividade.
SERVIÇOS
A redução de circulação de pessoas ocasionada pela pandemia da Covid-19, impactou de modo mais significativo os serviços, que apresentaram queda em volume de 4,0%, sendo a segunda maior queda registrada na série 2002 a 2020; a maior ocorreu em 2016 (-4,7%). Entre as atividades que influenciaram o resultado em volume de Serviços em 2020, destacaram-se Alojamento e alimentação, com queda de 23,5%; Educação e saúde privadas com -12,1%; Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, com retração de 4,0% e Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, cuja variação foi de -1,2%.