O prefeito Wagner Rodrigues (SD) esteve nesta quarta-feira, 26, na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), para tratar da questão da divisão territorial de Araguaína. O objetivo foi solicitar aos deputados que requeiram ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) o reconhecimento de toda a população dos bairros Costa Esmeralda, Parque Bom Viver, Maracanã e Morumbi como pertencente ao município.
PARTE DOS SETORES PERTENCENTE A WANDERLÂNDIA
A possibilidade de exclusão de cerca de três mil moradores dos setores na contagem do Censo foi apresentada pelos recenseadores ao prefeito no dia 2. Conforme o relatório, com base na legislação estadual que define a divisão dos municípios no Tocantins, parte destes setores pertencem a Wanderlândia. “A população desses setores poderá ser diretamente prejudicada, pois sendo computados em Wanderlândia, a 50 quilômetros de distância, é difícil que a prefeitura de lá tenha condições de lhes ofertar serviços públicos essenciais”, afirmou.
ARTICULAÇÃO
Acompanhado do secretário executivo de Gabinete, Wilton Galvão; do presidente da Câmara, Gideon Soares (SD); e dos vereadores Alcivan Rodrigues (Progressistas) e Robert Delmondes (PSC), o prefeito foi recebido pelos deputados estaduais Jorge Frederico (Republicanos), Elenil da Penha (MDB), Olyntho Neto (Republicanos) e Valderez Castelo Branco (Republicanos) e lhes entregou o relatório de despesas públicas geradas pela população dos bairros citados. Os parlamentares manifestaram apoio e se comprometeram a auxiliar no que couber ao Legislativo para sanar o impasse. Na sequência, o prefeito buscará um acordo junto ao prefeito de Wanderlândia, Djalma Júnior (PSC).
IMPACTO FINANCEIRO
Parte dos repasses que Araguaína recebe da União é vinculado ao tamanho da população, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e os recursos do Ministério da Saúde para auxiliar no custeio de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), entre outros. A perda na quantidade de habitantes também teria impacto direto no valor desses repasses, o que tornaria inviável o município manter a oferta de serviços públicos atualmente disponibilizados àquela comunidade.