Após quase um semestre em que servidores municipais da Capital estariam com dificuldade para tirar férias, a administração decidiu conceder o direito, a partir da segunda quinzena de dezembro ou durante o mês de janeiro. Para o Sindicato dos Servidores Públicos de Palmas (Sisemp), que diversas vezes cobrou o período de descanso, a decisão é “arbitrária”.
[bs-quote quote=”Sisemp, que cobrou diversas vezes o período de descanso, argumentou que não houve aviso prévio, impedindo os servidores de se planejar.” style=”style-5″ align=”right” author_name=”Cleber Toledo” author_job=”Jornalista” author_avatar=”http://ct.sitespr7.info/wp-content/uploads/2017/12/cleber-toledo-80×80.jpg”][/bs-quote]
Apesar da gestão municipal ter a prerrogativa de definir as férias dos servidores, podendo estas serem acumuladas em até dois períodos, o sindicato entende que com planejamento é possível que este direito seja concedido de forma a atender da melhor maneira os interesses de ambos.
“Esta medida é arbitrária e denota a falta de sensibilidade do prefeito Amastha, que não administra pensando em pessoas, apenas em números e resultados”, ressalta o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, ao afirmar também “que a média salarial do servidor não é alta, desta forma o momento de férias carece de planejamento, tanto financeiro, como de outros entes familiares”. “O que se torna impossível com esta decisão compulsória”, conclui.
Descansar com dignidade
Albuquerque lembra ainda, que desde o início da gestão do prefeito Carlos Amastha que a concessão de férias aos servidores tem sido “dificultada”. Somente na primeira gestão o direito foi suspenso por duas vezes, afirma.
Já em 2017, “em meio ao não pagamento da data-base e das progressões, as férias eram continuamente negadas, mesmo sem suspensão oficial”. Agora o direito é concedido de forma compulsória, e muitos continuam sem ter como se programar.
Para o Sisemp, com o planejamento adequado, em comum acordo entre gestão e servidor, seria possível que os servidores gozassem de suas férias de forma benéfica a todos. “Não estamos tratando de máquinas que são ligadas e desligadas na conveniência do usuário. São pessoas, trabalhadores que merecem respeito para que possam descansar com dignidade”, afirma Albuquerque.
O dirigente do Sisemp informa ainda, que tão logo seja publicado o ato administrativo, o sindicato tomará as medidas legais cabíveis.
Suspensão
No dia 7, a entidade encaminhou nota a imprensa repudiando ato da gestão que suspendia férias de servidores que já estavam agendadas. Segundo o sindicalista, se tratava de trabalhadores que já tinham programado as férias, conforme o cronograma apresentado pelo departamento de recursos humanos das secretarias, e quando foram oficializar o pedido de férias tiveram este negado. O Paço negou a suspensão e determinou a concessão do período de descanso, a partir da segunda quinzena de dezembro e em janeiro, o que também não agradou o sindicato. (Com informações da Ascom do Sisemp)